A versão Portuguesa do European Deprivation Index: Um Instrumento para o Estudo das Desigualdades em Saúde
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.7387Palavras-chave:
Acesso aos Serviços de Saúde, Disparidades nos Níveis de Saúde, Europa, Factores Socioeconómicos, Inquéritos e Questionários, PortugalResumo
Introdução: Combater as desigualdades socioeconómicas em saúde é um grande desafio em saúde pública e os indicadores ecológicos de privação socioeconómica são essenciais para as monitorizar e compreender. Não existe nenhum indicador padrão de privação que cubra todo o território nacional, contrariamente ao que acontece noutros países. Este estudo visa descrever a construção da versão portuguesa de um índice de privação transnacional, European Deprivation Index.
Material e Métodos: O European Deprivation Index foi desenvolvido de acordo com a conceptualização de Townsend sobre privação. Usando dados do questionário European Union-Statistics on Income and Living Conditions, obtivemos um indicador de privação individual. Este tornou-se a variável chave, baseada na qual selecionamos as variáveis ecológicas (censos) a ser incluídas, um total de oito. O European Deprivation Index foi produzido para a menor área geográfica possível (n = 16 094, média/área = 643 habitantes) e resultou da soma ponderada das variáveis anteriores. Foi depois categorizado em quintis.
Resultados: O primeiro quintil do European Deprivation Index (mais favorecido) incluiu 20,5% da população nacional e o quinto (menos favorecido) 18,0%. O European Deprivation Index apresentou um padrão territorial demarcado – as áreas menos favorecidas concentraram-se no Sul e no Interior Norte e Centro e as mais favorecidas no litoral Norte e Centro e no Algarve.
Discussão: A construção do European Deprivation Index assentou numa conceptualização teórica sólida, variáveis individuais e agregadas e num inquérito europeu longitudinal permitindo que seja replicado no tempo e em qualquer país europeu.
Conclusão: Esperamos que o European Deprivation Index venha a ser utilmente empregue por todos aqueles que desejem compreender melhor as desigualdades em saúde no nosso país e na Europa.
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