A versão Portuguesa do European Deprivation Index: Um Instrumento para o Estudo das Desigualdades em Saúde

Autores

  • Ana Isabel Ribeiro EPIUNIT - Instituto de Saúde Pública. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Instituto de Engenharia Biomédica. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Departamento de Epidemiologia Clínica. Medicina Preditiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Alexandra Mayer Registo Oncológico Regional Sul. Lisboa. Portugal.
  • Ana Miranda Registo Oncológico Regional Sul. Lisboa. Portugal.
  • Maria de Fátima de Pina Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Instituto de Engenharia Biomédica. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro. Brasil. Departamento de Engenharia Cartográfica. Faculdade de Engenharia. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.7387

Palavras-chave:

Acesso aos Serviços de Saúde, Disparidades nos Níveis de Saúde, Europa, Factores Socioeconómicos, Inquéritos e Questionários, Portugal

Resumo

Introdução: Combater as desigualdades socioeconómicas em saúde é um grande desafio em saúde pública e os indicadores ecológicos de privação socioeconómica são essenciais para as monitorizar e compreender. Não existe nenhum indicador padrão de privação que cubra todo o território nacional, contrariamente ao que acontece noutros países. Este estudo visa descrever a construção da versão portuguesa de um índice de privação transnacional, European Deprivation Index.
Material e Métodos: O European Deprivation Index foi desenvolvido de acordo com a conceptualização de Townsend sobre privação. Usando dados do questionário European Union-Statistics on Income and Living Conditions, obtivemos um indicador de privação individual. Este tornou-se a variável chave, baseada na qual selecionamos as variáveis ecológicas (censos) a ser incluídas, um total de oito. O European Deprivation Index foi produzido para a menor área geográfica possível (n = 16 094, média/área = 643 habitantes) e resultou da soma ponderada das variáveis anteriores. Foi depois categorizado em quintis.
Resultados: O primeiro quintil do European Deprivation Index (mais favorecido) incluiu 20,5% da população nacional e o quinto (menos favorecido) 18,0%. O European Deprivation Index apresentou um padrão territorial demarcado – as áreas menos favorecidas concentraram-se no Sul e no Interior Norte e Centro e as mais favorecidas no litoral Norte e Centro e no Algarve.
Discussão: A construção do European Deprivation Index assentou numa conceptualização teórica sólida, variáveis individuais e agregadas e num inquérito europeu longitudinal permitindo que seja replicado no tempo e em qualquer país europeu.
Conclusão: Esperamos que o European Deprivation Index venha a ser utilmente empregue por todos aqueles que desejem compreender melhor as desigualdades em saúde no nosso país e na Europa.

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Biografias Autor

Ana Isabel Ribeiro, EPIUNIT - Instituto de Saúde Pública. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Instituto de Engenharia Biomédica. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Departamento de Epidemiologia Clínica. Medicina Preditiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

Ana Isabel Ribeiro was born in Porto in 1988. In 2008, she finished a BS in Geography and in 2010 a MSc in Public Health both from the University of Porto (Portugal). Now Ana is doing a PhD in Public Health at the same university with a grant from the Portuguese Foundation for Science and Technology (SFRH/BD/82529/2011). Briefly, her PhD project aims to determine the impact of environmental factors (biophysical and socioeconomic) in old-age survival and active ageing.

She is particularly interested in socioeconomic and environmental inequalities in health and health-related behaviors especially later in life; urban health; and disaster medicine. Geographical Information Systems (GIS) and spatial statistics are essential tools in her daily research.

Further information: http://ispup.up.pt/people/5359/about/

Alexandra Mayer, Registo Oncológico Regional Sul. Lisboa. Portugal.

Statistitian, Database Manager

Ana Miranda, Registo Oncológico Regional Sul. Lisboa. Portugal.

Director ROR-SUL

Maria de Fátima de Pina, Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Instituto de Engenharia Biomédica. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro. Brasil. Departamento de Engenharia Cartográfica. Faculdade de Engenharia. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. Brasil.

Professor at CARTO-FEN/UERJ (Portugal)

Principal Investigator at i3s/INEB (Portugal)

 

Publicado

2017-01-31

Como Citar

1.
Ribeiro AI, Mayer A, Miranda A, de Pina M de F. A versão Portuguesa do European Deprivation Index: Um Instrumento para o Estudo das Desigualdades em Saúde. Acta Med Port [Internet]. 31 de Janeiro de 2017 [citado 18 de Julho de 2024];30(1):17-25. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/7387

Edição

Secção

Original