Disfunção Sexual em Sobreviventes de Cancro da Mama: Adaptação Cultural do Sexual Activity Questionnaire para Uso em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.7389Palavras-chave:
Comportamento Sexual/psicologia, Estudos de Validação, Inquéritos e Questionários, Neoplasmas da Mama/psicologia, Portugal, Sexualidade/psicologia.Resumo
Introdução: A crescente população de sobreviventes de cancro da mama tem redireccionado o interesse investigacional e prático para o impacto da doença e do seu tratamento nas várias áreas da qualidade de vida. A falta de questionários para avaliar de forma objectiva a disfunção sexual conduziu à necessidade de adaptar e validar culturalmente o Sexual Activity Questionnaire para utilização em Portugal.
Material e Métodos: O Sexual Activity Questionnaire foi traduzido e retrovertido, sua versão de consenso refinada após teste de compreensão, e subsequentemente auto-administrado a uma amostra alargada de sobreviventes de cancro da mama em dois momentos, espaçados 15 dias, para julgar a sua validade e fiabilidade.
Resultados: Após alterações minor à versão de consenso, o Sexual Activity Questionnaire foi aplicado a 134 doentes. Obteve-se uma estrutura de três factores (75,5% da variância), compreendendo as escalas do Prazer, Hábito e Desconforto, todas com boa consistência
interna (α de Cronbach > 0,70), boa validade concorrente com o FACt-An e a checklist BCPT (r de Spearman > 0,65; p-value < 0,001) e estabilidade temporal aceitável (k de Cohen > 0,44). Foi identificada inactividade sexual em 23,9% das mulheres, devido a falta de interesse ou ao facto de não ter parceiro.
Discussão: Os dados reportados pelos doentes conduziram a alterações nos cuidados prestados, que passaram a contemplar a oncosexologia. Estudos futuros deverão focar-se na aplicabilidade deste questionário a amostras com diferentes características e mesmo à população global, para se poderem generalizar os resultados.
Conclusão: A versão obtida do Sexual Activity Questionnaire é válida para avaliar a função sexual em sobreviventes de cancro da mama em Portugal.
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