Fiabilidade da Escala de Conhecimento da Diabetes em Portugal

Autores

  • Constança Azevedo Estudante. Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade da Beira Interior. Covilhã. Portugal.
  • Luiz Santiago USF Topázio. Coimbra. Portugal. Universidade da Beira Interior. Covilhã. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.7517

Palavras-chave:

Avaliação Educacional, Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde, Diabetes Mellitus, Portugal, Psicometria.

Resumo

Introdução: Dada a crescente incidência da diabetes tipo 2 e considerando que parte do seu controlo se deve à atitude do paciente
face à doença, torna-se importante munir os profissionais de saúde com ferramentas capazes de determinar as carências educacionais dos utentes, permitindo uma intervenção mais personalizada na correção de hábitos nocivos.
Objetivos: Verificação da fiabilidade da Escala de Conhecimentos da Diabetes em Portugal. Análise e correlação das diferentes variáveis sociodemográficas e patológicas com o número de respostas corretas.
Material e Métodos: Aplicação da escala a uma amostra de conveniência de diabéticos tipo 2 do Centro de Saúde da Covilhã.
Resultados: Na generalidade, as questões obtiveram um valor de alfa de Cronbach > 0,800. Diabéticos com melhores resultados demonstraram maior controlo, estabelecendo uma relação positiva entre o conhecimento e o controlo da diabetes. Apenas 9,2% dos diabéticos apresentou bom conhecimento sobre a doença, sendo que a maioria (65,8%) demonstrou um conhecimento mediano. Os insulinotratados exibiram os piores resultados (77,6% com baixo conhecimento). As variáveis ‘via de tratamento’ e ‘complicações’ demonstraram ter impacto no desempenho obtido no questionário (valores p iguais a 0,00 e 0,048, respetivamente). Os diabéticos rurais, os sem complicações e os não insulinotratados revelaram-se os mais cumpridores e conhecedores.
Discussão: Contrariando estudos anteriores, variáveis como a idade e o grau de escolaridade não demonstraram influenciar o conhecimento
do diabético. Habitantes do meio rural e diabéticos tratados oralmente obtiveram melhores resultados do que o que havia sido defendido previamente.
Conclusão: Demonstrou-se a fidelidade psicométrica moderada a elevada do teste, assim como uma correlação positiva entre o controlo
da diabetes e o desempenho no inquérito. Espera-se que a sua futura aplicação possibilite identificar as razões do descontrolo dos diabéticos, permitindo uma atuação mais individualizada pelos profissionais de saúde.

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Publicado

2016-09-30

Como Citar

1.
Azevedo C, Santiago L. Fiabilidade da Escala de Conhecimento da Diabetes em Portugal. Acta Med Port [Internet]. 30 de Setembro de 2016 [citado 23 de Novembro de 2024];29(9):499-506. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/7517

Edição

Secção

Original AMP Student