Análise da Revisão Cochrane: Antihistamínicos para a Constipação. Cochrane Database Syst Rev. 2015;11:CD009345.

Autores

  • Carmel Sterrantino Department of Clinical and Experimental Medicine, Policlinico “G. Martino”. University of Messina. Messina. Italy.
  • Gonçalo Duarte Laboratório de Farmacologia Clínica e Terapêutica. Faculdade Medicina. Universidade de Lisboa. Portugal. Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • João Costa Laboratório de Farmacologia Clínica e Terapêutica. Faculdade Medicina. Universidade de Lisboa. Portugal. Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • António Vaz-Carneiro Serviço de Farmacologia Clínica. Faculdade de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal. Centro Colaborador Português da Rede Cochrane Iberoamericana. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.7526

Palavras-chave:

Anti-Histamínicos/uso terapêutico, Constipação/tratamento, Revisão Sistemática.

Resumo

A constipação representa uma inflamação aguda e autolimitada da mucosa das vias aéreas superiores, que pode envolver uma ou todas de entre os seios perinasais, rinofaringe, orofaringe e laringe. É comum ter-se pelo menos um episódio por ano. Os sintomas da constipação, que podem incluir dor de garganta, crises esternutatórias, congestão nasal, rinorreia, cefaleias, mal-estar e febre baixa geralmente desaparecem dentro de alguns dias sem tratamento. O agente etiológico da maioria das constipações é o rinovírus. Embora não esteja associado letalidade, a constipação é associada com morbidade significativa. Não existe vacina ou cura para a constipação e, portanto, o seu tratamento está centrado em aliviar os sintomas. Esta revisão Cochrane teve como objetivo sintetizar a evidência existente sobre o benefício clínico de anti-histamínicos, utilizados em monoterapia, em comparação com placebo ou nenhum tratamento, em crianças e em doentes adultos com constipação. Foram incluídos um total de 18 ensaios clínicos aleatorizados, com um total de 4 342 participantes. Os principais resultados foram: 1) Anti-histamínicos têm um pequeno (dias um e dois de tratamento) efeito benéfico a curto-prazo sobre a gravidade dos sintomas globais em doentes adultos, embora este efeito não esteja presente no médio a longo prazo; 2) Os anti-histamínicos foram associados com um efeito benéfico não clinicamente relevante sobre os sintomas individuais (congestão nasal, rinorreia e esternutos); 3) Os anti-histamínicos não estão associados com um risco aumentado de efeitos adversos; 4) Nenhuma conclusão pode ser feita sobre a eficácia dos anti-histamínicos em populações pediátricas. A nossa interpretação dos resultados é que a evidência disponível é insuficiente para apoiar a prescrição ou a compra de anti-histamínicos de venda-livre para aliviar os sintomas da constipação sem componente alérgico.

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Publicado

2016-03-31

Como Citar

1.
Sterrantino C, Duarte G, Costa J, Vaz-Carneiro A. Análise da Revisão Cochrane: Antihistamínicos para a Constipação. Cochrane Database Syst Rev. 2015;11:CD009345. Acta Med Port [Internet]. 31 de Março de 2016 [citado 18 de Julho de 2024];29(3):164-7. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/7526

Edição

Secção

Cochrane Corner