Alterações Musculoesqueléticas dos Músicos de Orquestras Profissionais do Norte de Portugal: Comparação entre Instrumentistas de Cordas e Sopros

Autores

  • Cláudia Maria Sousa Laboratório de Fisiologia Aplicada. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Jorge Pereira Machado Laboratório de Fisiologia Aplicada. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Henry Johannes Greten Laboratório de Fisiologia Aplicada. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Daniela Coimbra Conselho Técnico-Científico e Pedagógico. Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.7568

Palavras-chave:

Doenças Musculoesqueléticas, Doenças Ocupacionais, Dor Musculoesquelética, Música, Portugal

Resumo

Introdução: A literatura estabelece claramente que os músicos são um grupo com elevado risco de desenvolvimento de lesões músculoesqueléticas relacionadas com o trabalho. Os músicos profissionais de orquestra trabalham semanalmente durante várias horas e deparam-se frequentemente com a dor como consequência da sua profissão. O presente estudo pretende descrever a prevalência e a severidade das lesões músculoesqueléticas relacionadas com o trabalho que afetam os músicos de orquestras profissionais do Norte de Portugal, comparando instrumentistas de cordas e de sopros.
Material e Métodos: Cento e doze músicos das três orquestras profissionais do Norte de Portugal foram entrevistados individualmente de forma a determinar a prevalência e a intensidade da dor (medida pela escala verbal numérica de dor) das suas lesões músculoesqueléticas relacionadas com o trabalho.
Resultados: Aproximadamente dois terços (62,5%) dos músicos entrevistados apresentaram lesões músculoesqueléticas relacionadas com o trabalho durante a entrevista. Apesar de não se verificarem diferenças estatisticamente significativas, os resultados obtidos sugerem que as lesões músculoesqueléticas relacionadas com o trabalho são mais frequentes nos instrumentistas de cordas e mais intensas nos instrumentistas de sopro.
Discussão: Os resultados referentes à prevalência de lesões músculoesqueléticas relacionadas com o trabalho são similares a resultados de outros estudos realizados em diferentes países. Mais da metade dos músicos de orquestras profissional no Norte de Portugal apresentam diariamente dor leve a moderada.
Conclusão: Verifica-se a necessidade de realização de investigações futuras com o objetivo de estudar com maior profundidade os problemas profissionais que afetam os músicos em Portugal.

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Publicado

2017-04-28

Como Citar

1.
Sousa CM, Machado JP, Greten HJ, Coimbra D. Alterações Musculoesqueléticas dos Músicos de Orquestras Profissionais do Norte de Portugal: Comparação entre Instrumentistas de Cordas e Sopros. Acta Med Port [Internet]. 28 de Abril de 2017 [citado 18 de Julho de 2024];30(4):302-6. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/7568

Edição

Secção

Original