Alterações na Ressonância Magnética Preditoras da Conversão da Síndrome Clinicamente Isolada em Esclerose Múltipla

Autores

  • Sara Peixoto Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Pedro Abreu Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar de São João. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.7650

Palavras-chave:

Doenças Autoimunes Desmielinizantes do Sistema Nervoso Central, Esclerose Múltipla, Prognóstico, Ressonância Magnética.

Resumo

Introdução: A síndrome clinicamente isolada é uma forma de apresentação da esclerose múltipla, doença desmielinizante crónica do sistema nervoso central, e define-se por um único episódio clínico sugestivo de desmielinização. Porém, doentes com esta síndrome podem não desenvolver novos sintomas ou lesões, mesmo após longos períodos de seguimento, não cumprindo os critérios de diagnóstico da doença. Aqui serão revistas, na síndrome clinicamente isolada, as alterações na ressonância magnética que melhor predizem a conversão em esclerose múltipla.
Material e Métodos: Pesquisaram-se na base de dados da PubMed artigos publicados entre janeiro de 2010 e junho de 2015 usando os termos ‘clinically isolated syndrome’, ‘cis’, ‘multiple sclerosis’, ‘magnetic resonance imaging’, ‘magnetic resonance’ e ‘mri’.
Resultados: Carga lesional, localização das lesões, critérios de Barkhof e áreas/volumes de estruturas cerebrais foram as alterações na ressonância magnética convencional encontradas nos artigos incluídos nesta revisão. As técnicas não convencionais estudadas foram a dupla inversão-recuperação, a transferência de magnetização, a espectroscopia e a imagem de tensor de difusão.
Discussão: Enquanto o número de lesões e a sua localização têm um papel claro na previsão da conversão da síndrome clinicamente isolada em esclerose múltipla, as técnicas não convencionais e as restantes alterações na ressonância magnética necessitam de mais estudos para confirmar a sua capacidade de prever o desenvolvimento da doença.
Conclusão: Para além do valor preditivo das alterações já citadas, no futuro, diferentes achados neurorradiológicos na síndrome clinicamente
isolada poderão ser considerados para os critérios de diagnóstico da esclerose múltipla e/ou modificar as recomendações sobre o seu tratamento.

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Biografia Autor

Pedro Abreu, Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar de São João. Porto. Portugal.

Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal

Serviço de Neurologia, Centro Hospitalar do São João, Porto, Portugal

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Publicado

2016-11-30

Como Citar

1.
Peixoto S, Abreu P. Alterações na Ressonância Magnética Preditoras da Conversão da Síndrome Clinicamente Isolada em Esclerose Múltipla. Acta Med Port [Internet]. 30 de Novembro de 2016 [citado 22 de Novembro de 2024];29(11):742-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/7650

Edição

Secção

Revisão AMP Student