Análise da Revisão Cochrane: Fixação com Parafusos Pediculares de Fraturas Traumáticas da Coluna Vertebral Torácica e Lombar. Cochrane Database Syst Rev. 2013;05:CD009073.
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.7687Palavras-chave:
Fixação de Fractura, Fracturas da Coluna Vertebral, Parafusos Ósseos, Revisão Sistemática, Vértebras Lombares/lesões, Vértebras Torácicas/lesões.Resumo
As fraturas da coluna vertebral torácica e lombar são causa comum de cirurgia da coluna vertebral. A fixação com parafusos pediculares é geralmente escolhida para a sua estabilização, com recurso a instrumentações curtas, longas ou monosegmentares com ou sem enxerto ósseo. O objetivo desta revisão é avaliar o efeito da fixação transpedicular nas fraturas vertebrais torácicas e lombares traumáticas. Foi realizada uma pesquisa sistemática de estudos controlados aleatorizados ou quasi-aleatorizados que comparassem diferentes técnicas de tratamento cirúrgico destas fraturas, seguida de um processo de seleção, extração de dados e avaliação de viéses por três autores independentes. Oito estudos foram incluídos, num total de cinco comparações entre diferentes fixações com parafusos pediculares. Não se encontraram diferenças significativas quanto à melhoria da função e qualidade de vida, dos défices neurológicos ou da mobilidade. Apenas a instrumentação com parafusos pediculares no nível da fratura mostrou melhoria significativa da dor quando comparada com instrumentação posterior sem parafuso no nível. Várias técnicas resultaram em melhoria significativa dos parâmetros imagiológicos, sem melhoria clínica correspondente. De modo significativo tempos cirúrgicos mais curtos associaram-se a menores perdas sanguíneas. O uso de enxerto ósseo causou um aumento significativo das complicações pós-operatórias, nomeadamente dor no local dador. Assim, os resultados mostram que melhorias imagiológicas significativas não se associam a impactos clínicos correspondentes, e que apenas o uso de fixação transpedicular no nível da fratura se associa a melhoria clínica evidente da dor. Adicionalmente, a necessidade de enxerto ósseo é posta em causa, pela ausência de melhoria clínico-imagiológica, com aumento das complicações. Contudo, o número de estudos controlados disponíveis acerca deste tópico é reduzido.
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