Qualidade de Vida em Crianças com Perturbação Obsessiva-Compulsiva
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.7726Palavras-chave:
Adolescente, Criança, Qualidade de Vida, Perturbação Obsessiva-Compulsiva.Resumo
Introdução: A perturbação obsessiva-compulsiva foi apontada como uma das doenças mais debilitantes do mundo desenvolvido. Contudo, muito pouco é conhecido sobre esta doença relativamente ao modo como ela afeta a qualidade de vida das crianças.
Material e Métodos: Conduzimos uma pesquisa na PubMed e Thomson Reuters Web Of Science usando os seguintes termos de pesquisa: ‘Quality of life’, ‘Obsessive-compulsive disorder’, ‘Child’, ‘Pediatrics’ e ‘Adolescent’. Dos 138 artigos obtidos, cinco correspondiam aos objetivos desta revisão. Analisámos a qualidade de vida de crianças com perturbação obsessiva-compulsiva comparando com a população geral e procurando a relação com outras variáveis clinicas como o sexo, idade, comorbilidades, categoria de sintomas, severidade dos sintomas e acomodação familiar.
Resultados: Apesar dos estudos não serem concordantes relativamente às diferentes dimensões analisadas, os nossos resultados apontam para um decréscimo global da qualidade de vida em crianças com perturbação obsessiva-compulsiva. A presença de comorbilidades, a severidade dos sintomas e as obsessões de agressão/dano são as variáveis que têm maior influência na qualidade de vida dos pacientes.
Discussão: O reduzido número de artigos encontrados e o facto de estes apresentarem uma metodologia extremamente heterogénea torna difícil alcançar conclusões robustas. Apesar disto, os nossos resultados são concordantes com estudos realizados em adultos.
Conclusão: A qualidade de vida em crianças e adolescentes deve ser melhor explorada em futuros estudos. Sugerimos a introdução da qualidade de vida como instrumento usado rotineiramente para avaliar a resposta ao tratamento e evolução do paciente.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons