Ansiedade, Funcionamento Familiar e Biomarcadores Neuroendócrinos em Crianças Obesas

Autores

  • Inês Pinto Department of Child and Adolescent Psychiatry. Hospital Beatriz Ângelo. Loures. Portugal. Department of Child and Adolescent Psychiatry. Hospital Dona Estefânia. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal. Department of Psychiatry and Mental Health. Faculty of Medicine. University of Porto. Porto. Portugal.
  • Simon Wilkinson Department of Research and Development. Division of Mental Health. Akershus University Hospital. Lørenskog. Norway.
  • Daniel Virella Epidemiology and Statistics Office of the Research Unit. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Marta Alves Epidemiology and Statistics Office of the Research Unit. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Conceição Calhau Nutrition and Metabolism Department. NOVA Medical School. Lisboa. Portugal. Center for Research in Health Technologies and Information Systems. University of Porto. Porto. Portugal.
  • Rui Coelho Department of Neurosciences and Mental Health. Faculty of Medicine. University of Porto. Porto. Portugal. Institute for Research and Innovation in Health (i3S). University of Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.7919

Palavras-chave:

Ansiedade, Biomarcadores, Criança, Obesidade Pediátrica, Sistema Hipófise-Suprarrenal, Sistema Hipotálamo Hipofisário, Stress Psicológico

Resumo

Introdução: Este estudo explora relações entre o cortisol em crianças obesas e o estado mental dos pais, o funcionamento familiar e os sintomas de ansiedade e depressão das crianças.
Material e Métodos: Uma amostra de conveniência de 104 crianças obesas (55 rapazes), com idade média de 10,9 anos (desvio padrão 1,76), foi recrutada numa consulta de obesidade infantil. A obesidade foi definida pelo índice de massa corporal acima do percentil 95 ajustado para idade e sexo. Foram medidos biomarcadores neuroendócrinos. Os sintomas de ansiedade e depressão foram avaliados com auto e hetero-questionários (Anxiety, Depression and Stress Scales; Child Behaviour Checklist). O funcionamento familiar foi avaliado através de questionários aos pais (Family Adaptation and Cohesion Scales -III).
Resultados: Observou-se uma correlação negativa significativa (rs
= -0,779; p = 0,003) entre o cortisol das raparigas de famílias funcionais e os sintomas parentais de ansiedade. Os sintomas internalizantes relatados pelos pais (mas não os auto-relatados) são mais intensos nos rapazes. Não foi encontrada associação entre o cortisol das crianças e os sintomas depressivos dos pais.
Discussão: Não é possível assegurar se a associação entre cortisol sérico nas crianças obesas e sintomas de ansiedade parental se restringe a raparigas de famílias funcionais ou se deve a limitações do estudo. Os achados sugerem uma associação específica entre o cortisol sérico nas crianças obesas e a ansiedade parental.
Conclusão: É importante considerar o género, o funcionamento familiar, o estado mental dos pais ao investigar as associações entre biomarcadores neuroendócrinos em crianças obesas e sintomas de ansiedade e depressão.

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Biografia Autor

Inês Pinto, Department of Child and Adolescent Psychiatry. Hospital Beatriz Ângelo. Loures. Portugal. Department of Child and Adolescent Psychiatry. Hospital Dona Estefânia. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal. Department of Psychiatry and Mental Health. Faculty of Medicine. University of Porto. Porto. Portugal.

C.P.: 47439

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Publicado

2017-04-28

Como Citar

1.
Pinto I, Wilkinson S, Virella D, Alves M, Calhau C, Coelho R. Ansiedade, Funcionamento Familiar e Biomarcadores Neuroendócrinos em Crianças Obesas. Acta Med Port [Internet]. 28 de Abril de 2017 [citado 30 de Junho de 2024];30(4):273-80. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/7919

Edição

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