Ansiedade, Funcionamento Familiar e Biomarcadores Neuroendócrinos em Crianças Obesas
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.7919Palavras-chave:
Ansiedade, Biomarcadores, Criança, Obesidade Pediátrica, Sistema Hipófise-Suprarrenal, Sistema Hipotálamo Hipofisário, Stress PsicológicoResumo
Introdução: Este estudo explora relações entre o cortisol em crianças obesas e o estado mental dos pais, o funcionamento familiar e os sintomas de ansiedade e depressão das crianças.
Material e Métodos: Uma amostra de conveniência de 104 crianças obesas (55 rapazes), com idade média de 10,9 anos (desvio padrão 1,76), foi recrutada numa consulta de obesidade infantil. A obesidade foi definida pelo índice de massa corporal acima do percentil 95 ajustado para idade e sexo. Foram medidos biomarcadores neuroendócrinos. Os sintomas de ansiedade e depressão foram avaliados com auto e hetero-questionários (Anxiety, Depression and Stress Scales; Child Behaviour Checklist). O funcionamento familiar foi avaliado através de questionários aos pais (Family Adaptation and Cohesion Scales -III).
Resultados: Observou-se uma correlação negativa significativa (rs
= -0,779; p = 0,003) entre o cortisol das raparigas de famílias funcionais e os sintomas parentais de ansiedade. Os sintomas internalizantes relatados pelos pais (mas não os auto-relatados) são mais intensos nos rapazes. Não foi encontrada associação entre o cortisol das crianças e os sintomas depressivos dos pais.
Discussão: Não é possível assegurar se a associação entre cortisol sérico nas crianças obesas e sintomas de ansiedade parental se restringe a raparigas de famílias funcionais ou se deve a limitações do estudo. Os achados sugerem uma associação específica entre o cortisol sérico nas crianças obesas e a ansiedade parental.
Conclusão: É importante considerar o género, o funcionamento familiar, o estado mental dos pais ao investigar as associações entre biomarcadores neuroendócrinos em crianças obesas e sintomas de ansiedade e depressão.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons