Hematócrito Pós-operatório e Resultados numa População de Doentes Críticos Cirúrgicos

Autores

  • Ana Martins Lopes Department of Anaesthesiology. Hospital de São João. Porto. Portugal.
  • Diana Silva Department of Anaesthesiology. Hospital de São João. Porto. Portugal.
  • Gabriela Sousa Department of Anaesthesiology. Hospital de São João. Porto. Portugal.
  • Joana Silva Department of Anaesthesiology. Hospital de São João. Porto. Portugal.
  • Alice Santos Department of Anaesthesiology. Hospital de São João. Porto. Portugal.
  • Fernando José Abelha Department of Anaesthesiology. Hospital de São João. Porto. Portugal. Department of Surgery. Anaesthesiology and Perioperative Medicine Unit. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.7930

Palavras-chave:

Anemia, Avaliação de Resultados, Complicações Pós-Operatórias, Cuidados Críticos, Hematócrito, Período Pós-Operatório

Resumo

Introdução: O valor do hematócrito tem sido estudado como preditor de resultados. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre um hematócrito baixo na admissão a uma unidade de cuidados intensivos cirúrgica e os sistemas de gravidade bem como o seu impacto nos resultados tendo em conta as complicações e a mortalidade.
Material e Métodos: Estudo retrospetivo incluindo 4398 doentes internados numa Unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgica entre janeiro de 2006 e julho de 2013. Foram calculados os scores de gravidade acute physiology and chronic health evaluation II e o simplified acute physiology score II, e todas as variáveis inseridas como parâmetros foram avaliadas separadamente. Os doentes com um hematócrito à admissão na Unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgica inferior a 30 foram classificados como doentes com hematócrito baixo. A relação entre o hematócrito na admissão e as complicações e o resultado foram avaliados com uma análise univariada e uma regressão linear.
Resultados: Os doentes com classificados como doentes com hematócrito baixo foram 1126 (25,6%). Os doentes classificados como doentes com hematócrito baixo tiveram mais frequentemente eventos cardíacos major (4% vs 1,9%, p < 0,001), lesão renal aguda
(11,5% vs 4,7%, p < 0,001) e maiores taxas de mortalidade quer na Unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgica (3% vs 0,8%, p < 0,001) quer no internamento hospitalar (12% vs 5,9%, p < 0,001).
Discussão: Um valor de hematócrito < 30% na admissão na Unidade de Cuidados Intensivos foi frequente e parece ser um preditor de piores resultados em doentes cirúrgicos críticos.
Conclusão: Os doentes com hematócrito baixo tiveram mais tempo de internamento na Unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgica e no hospital, tiveram mais complicações pós-operatórias e taxas de mortalidade na Unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgica e no hospital mais elevadas.

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Publicado

2017-08-31

Como Citar

1.
Lopes AM, Silva D, Sousa G, Silva J, Santos A, Abelha FJ. Hematócrito Pós-operatório e Resultados numa População de Doentes Críticos Cirúrgicos. Acta Med Port [Internet]. 31 de Agosto de 2017 [citado 22 de Novembro de 2024];30(7-8):555-60. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/7930

Edição

Secção

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