Hematócrito Pós-operatório e Resultados numa População de Doentes Críticos Cirúrgicos
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.7930Palavras-chave:
Anemia, Avaliação de Resultados, Complicações Pós-Operatórias, Cuidados Críticos, Hematócrito, Período Pós-OperatórioResumo
Introdução: O valor do hematócrito tem sido estudado como preditor de resultados. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre um hematócrito baixo na admissão a uma unidade de cuidados intensivos cirúrgica e os sistemas de gravidade bem como o seu impacto nos resultados tendo em conta as complicações e a mortalidade.
Material e Métodos: Estudo retrospetivo incluindo 4398 doentes internados numa Unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgica entre janeiro de 2006 e julho de 2013. Foram calculados os scores de gravidade acute physiology and chronic health evaluation II e o simplified acute physiology score II, e todas as variáveis inseridas como parâmetros foram avaliadas separadamente. Os doentes com um hematócrito à admissão na Unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgica inferior a 30 foram classificados como doentes com hematócrito baixo. A relação entre o hematócrito na admissão e as complicações e o resultado foram avaliados com uma análise univariada e uma regressão linear.
Resultados: Os doentes com classificados como doentes com hematócrito baixo foram 1126 (25,6%). Os doentes classificados como doentes com hematócrito baixo tiveram mais frequentemente eventos cardíacos major (4% vs 1,9%, p < 0,001), lesão renal aguda
(11,5% vs 4,7%, p < 0,001) e maiores taxas de mortalidade quer na Unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgica (3% vs 0,8%, p < 0,001) quer no internamento hospitalar (12% vs 5,9%, p < 0,001).
Discussão: Um valor de hematócrito < 30% na admissão na Unidade de Cuidados Intensivos foi frequente e parece ser um preditor de piores resultados em doentes cirúrgicos críticos.
Conclusão: Os doentes com hematócrito baixo tiveram mais tempo de internamento na Unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgica e no hospital, tiveram mais complicações pós-operatórias e taxas de mortalidade na Unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgica e no hospital mais elevadas.
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