A Homeostase Fosfo-Cálcica na Doença Renal Crónica: Da Epidemiologia Clínica à Fisiopatologia
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.8040Palavras-chave:
Cálcio, Fósforo, Hiperparatiroidismo, Homeostase, Insuficiência Renal CrónicaResumo
Introdução: O propósito do presente trabalho consistiu em descrever alguns dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos nas perturbações do metabolismo fosfo-cálcico na doença renal crónica a partir de um processo simples de filtragem de dados e de alguns conceitos básicos de teoria de sistemas.
Material e Métodos: Foram estudados os valores (um conjunto por doente, obtido numa única colheita de sangue) de creatinina, cálcio, fósforo, paratormona, 25-hidroxivitamina D e 1,25-dihidroxivitamina D num grupo de 2507 doentes com doença renal crónica não sujeitos a substituição renal. As variáveis foram emparelhadas e tratadas, primeiro por um processo de média deslizante e depois por distribuição por classes de frequência. Os resultados obtidos foram interpretados à luz do conceito de ansa de retro-controlo contendo dois ramos de sinais opostos cuja intersecção define o ‘ponto operacional’ do sistema. Este ponto desloca-se ao longo da evolução da doença e o sentido do deslocamento indica qual dos dois fatores (a calcémia ou a concentração de paratormona, por exemplo) está a afetar primariamente o sistema.
Resultados: Esta análise mostrou que a evolução das relações entre as variáveis observadas seguiu um padrão monótono, bifásico ou trifásico.
Discussão: À medida que a doença renal crónica progride ocorrem alterações na regulação do metabolismo fosfo-cálcico, passando por diferentes fases. Numa fase mais avançada há uma perda do controlo das glândulas paratiróides pela calcémia e pela fosfatémia. A sensibilidade à ação inibitória da 1,25-dihidroxivitamina D diminui progressivamente mas nunca desaparece.
Conclusão: A metodologia utilizada na análise de uma base de dados clínicos permitiu ilustrar mecanismos fisiopatológicos subjacentes.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons