Tradução e Validação da Escala FOUR para a Pediatria e o seu Uso Como Indicador Prognóstico: Um Estudo Piloto
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.8052Palavras-chave:
Alterações da Consciência, Coma/diagnóstico, Criança, Escala de Coma de Glasgow, Tradução, Unidades de Cuidados Intensivos PediátricosResumo
Introdução: A escala FOUR - Full Outline of UnResponsiveness, já validada na população adulta, avalia a depressão do estado de consciência. O objetivo deste estudo consiste na tradução para português e validação da escala FOUR na população pediátrica, assim como na comparação da pontuação obtida e da evolução clínica dos doentes entre a escala FOUR e a escala de coma de Glasgow, nos doentes internados numa unidade de cuidados intensivos pediátricos.
Material e Métodos: Estudo observacional prospetivo, envolvendo os doentes internados na unidade de cuidados intensivos pediátricos com depressão do estado de consciência, durante um ano. Ambas as escalas foram aplicadas diariamente aos doentes, por três avaliadores (médicos especialistas, médicos internos e enfermeiros), desde a admissão até à alta clínica, e as sequelas neurológicas foram avaliadas através da escala King’s Outcome Scale for Childhood Head Injury - KOSCHI.
Resultados: Foram incluídos 27 doentes com idades compreendidas entre um e 17 anos. Ambas as escalas são fiáveis e a concordância inter-avaliador foi superior na escala FOUR. A escala de coma de Glasgow apresentou pontuação mínima em oito avaliações. No entanto, a escala FOUR apresentou o score mínimo em apenas duas dessas avaliações. Em ambas as escalas verificou-se uma forte associação entre o valor obtido à entrada e a evolução clínica do doente (escala FOUR: área sob a curva =
0,939; escala de coma de Glasgow: área sob a curva = 0,925).
Discussão: A escala FOUR fornece mais informação sobre o estado neurológico dos doentes do que a escala de coma de Glasgow e tem interesse prognóstico.
Conclusão: A escala FOUR pode ser aplicada nos doentes internados com depressão do estado de consciência na unidade de cuidados intensivos pediátricos. Consideramos que um estudo multicêntrico seria importante para confirmar estes resultados.
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