Tradução e Validação da Escala FOUR para a Pediatria e o seu Uso Como Indicador Prognóstico: Um Estudo Piloto

Autores

  • Sofia Simões Ferreira Serviço de Pediatria Médica. Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho. Gaia. Portugal.
  • Daniel Meireles Serviço de Pediatria Médica. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.
  • Alexandra Pinto Laboratório de Biomatemática. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Francisco Abecasis Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos. Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria. Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.8052

Palavras-chave:

Alterações da Consciência, Coma/diagnóstico, Criança, Escala de Coma de Glasgow, Tradução, Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricos

Resumo

Introdução: A escala FOUR - Full Outline of UnResponsiveness, já validada na população adulta, avalia a depressão do estado de consciência. O objetivo deste estudo consiste na tradução para português e validação da escala FOUR na população pediátrica, assim como na comparação da pontuação obtida e da evolução clínica dos doentes entre a escala FOUR e a escala de coma de Glasgow, nos doentes internados numa unidade de cuidados intensivos pediátricos.
Material e Métodos: Estudo observacional prospetivo, envolvendo os doentes internados na unidade de cuidados intensivos pediátricos com depressão do estado de consciência, durante um ano. Ambas as escalas foram aplicadas diariamente aos doentes, por três avaliadores (médicos especialistas, médicos internos e enfermeiros), desde a admissão até à alta clínica, e as sequelas neurológicas foram avaliadas através da escala King’s Outcome Scale for Childhood Head Injury - KOSCHI.
Resultados: Foram incluídos 27 doentes com idades compreendidas entre um e 17 anos. Ambas as escalas são fiáveis e a concordância inter-avaliador foi superior na escala FOUR. A escala de coma de Glasgow apresentou pontuação mínima em oito avaliações. No entanto, a escala FOUR apresentou o score mínimo em apenas duas dessas avaliações. Em ambas as escalas verificou-se uma forte associação entre o valor obtido à entrada e a evolução clínica do doente (escala FOUR: área sob a curva =
0,939; escala de coma de Glasgow: área sob a curva = 0,925).
Discussão: A escala FOUR fornece mais informação sobre o estado neurológico dos doentes do que a escala de coma de Glasgow e tem interesse prognóstico.
Conclusão: A escala FOUR pode ser aplicada nos doentes internados com depressão do estado de consciência na unidade de cuidados intensivos pediátricos. Consideramos que um estudo multicêntrico seria importante para confirmar estes resultados.

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Publicado

2017-09-29

Como Citar

1.
Ferreira SS, Meireles D, Pinto A, Abecasis F. Tradução e Validação da Escala FOUR para a Pediatria e o seu Uso Como Indicador Prognóstico: Um Estudo Piloto. Acta Med Port [Internet]. 29 de Setembro de 2017 [citado 23 de Dezembro de 2024];30(9):599-607. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/8052

Edição

Secção

Original