Morbilidade em Idosos Dependentes ao Cuidado das Equipas Domiciliárias da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados na Região de Lisboa e Vale do Tejo: Estudo Transversal Observacional

Autores

  • Paula Broeiro-Gonçalves Unidade de Cuidados de Saúde Primários dos Olivais. Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Central. Lisboa. Portugal. Departamento de Saúde Pública. Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal. Departamento de Medicina Geral e Familiar. Faculdade de Medicina de Lisboa. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.8128

Palavras-chave:

Assistência de Longa Duração, Avaliação Geriátrica, Comorbidade, Idoso Fragilizado, Idosos, 80 anos ou mais, Instituição de Longa Permanência para Idosos, Portugal

Resumo

Introdução: Em Portugal, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados tem como missão dar resposta às novas necessidades de saúde e sociais. Definiu-se como objetivo do estudo conhecer a carga de doença e de dependência dos idosos (75 e mais anos) ao cuidado das equipas de cuidados continuados integrados.
Material e Métodos: Estudo descritivo transversal, numa amostra de 230 participantes, distribuídos por 25 equipas na região de Lisboa e Vale do Tejo, aleatoriamente selecionadas. A colheita de dados decorreu no domicílio dos doentes por entrevista ao cuidador. As variáveis estudadas foram: sociodemográficas; determinantes de incapacidade; grau (escala de Barthel) e duração de dependência; morbilidade (diagnósticos, número e índice de Charlson).
Resultados: A população em estudo tinha: em média, 84 anos; baixa escolaridade (88,7%); dependência durante 42 meses, grave em 65,2%; em média, 9,5 diagnósticos por pessoa e um índice de Charlson de 8,48. Os determinantes de incapacidade mais frequentes foram: demência, acidente vascular cerebral e fratura do fémur. Os diagnósticos mais frequentes foram: osteoartrose, hipertensão e demência.
Discussão: Os resultados revelaram uma elevada carga de doença (Charlson de 8,48) e de dependência. Apesar dos diagnósticos serem os esperados e comparáveis com os dados da literatura, a coexistência de dois ou mais foi universal, em média 9,5 por pessoa, afetando diferentes aparelhos/sistemas. A multimorbilidade, a par duma elevada dependência, acarreta desafios clínicos e organizacionais, bem como a necessidade de estudos populacionais.
Conclusão: A população ao cuidado das equipas de cuidados continuados integrados é de risco: idosa, com baixa escolaridade, com elevada carga de doença e de dependência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Publicado

2017-08-31

Como Citar

1.
Broeiro-Gonçalves P. Morbilidade em Idosos Dependentes ao Cuidado das Equipas Domiciliárias da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados na Região de Lisboa e Vale do Tejo: Estudo Transversal Observacional. Acta Med Port [Internet]. 31 de Agosto de 2017 [citado 23 de Novembro de 2024];30(7-8):546-54. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/8128

Edição

Secção

Original