Morbilidade em Idosos Dependentes ao Cuidado das Equipas Domiciliárias da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados na Região de Lisboa e Vale do Tejo: Estudo Transversal Observacional
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.8128Palavras-chave:
Assistência de Longa Duração, Avaliação Geriátrica, Comorbidade, Idoso Fragilizado, Idosos, 80 anos ou mais, Instituição de Longa Permanência para Idosos, PortugalResumo
Introdução: Em Portugal, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados tem como missão dar resposta às novas necessidades de saúde e sociais. Definiu-se como objetivo do estudo conhecer a carga de doença e de dependência dos idosos (75 e mais anos) ao cuidado das equipas de cuidados continuados integrados.
Material e Métodos: Estudo descritivo transversal, numa amostra de 230 participantes, distribuídos por 25 equipas na região de Lisboa e Vale do Tejo, aleatoriamente selecionadas. A colheita de dados decorreu no domicílio dos doentes por entrevista ao cuidador. As variáveis estudadas foram: sociodemográficas; determinantes de incapacidade; grau (escala de Barthel) e duração de dependência; morbilidade (diagnósticos, número e índice de Charlson).
Resultados: A população em estudo tinha: em média, 84 anos; baixa escolaridade (88,7%); dependência durante 42 meses, grave em 65,2%; em média, 9,5 diagnósticos por pessoa e um índice de Charlson de 8,48. Os determinantes de incapacidade mais frequentes foram: demência, acidente vascular cerebral e fratura do fémur. Os diagnósticos mais frequentes foram: osteoartrose, hipertensão e demência.
Discussão: Os resultados revelaram uma elevada carga de doença (Charlson de 8,48) e de dependência. Apesar dos diagnósticos serem os esperados e comparáveis com os dados da literatura, a coexistência de dois ou mais foi universal, em média 9,5 por pessoa, afetando diferentes aparelhos/sistemas. A multimorbilidade, a par duma elevada dependência, acarreta desafios clínicos e organizacionais, bem como a necessidade de estudos populacionais.
Conclusão: A população ao cuidado das equipas de cuidados continuados integrados é de risco: idosa, com baixa escolaridade, com elevada carga de doença e de dependência.
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