Análise Retrospetiva Sobre a Utilização em Contexto Real do Ranibizumab em Doentes com Degenerescência Macular da Idade Exsudativa em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.8217Palavras-chave:
Acuidade Visual, Degenerescência Macular Exsudativa, Factores de Tempo, Portugal, RanibizumabResumo
Introdução: A terapeutica com anti-factor de proliferação endotelial vascular revolucionou o tratamento da degenerescência macular da idade exsudativa; no entanto, é importante monitorizar o uso em contexto real do ranibizumab e os resultados associados ao tratamento na prática clínica corrente.
Material e Métodos: Este foi um estudo observacional, retrospetivo, para monitorizar os resultados de dois anos, após o tratamento com ranibizumab para a da degenerescência macular da idade exsudativa em Portugal. Os doentes tratados entre janeiro de 2009 e dezembro de 2009 foram avaliados retrospetivamente. Todas as decisões foram tomadas pelo médico responsável pelo tratamento, em conformidade com a respetiva prática clínica corrente. A avaliação primária foi a alteração média na melhor acuidade visual corrigida utilizando a tabela ETDRS (Early Treatment of Diabetic Retinopathy Study) ou Snellen equivalente.
Resultados: Foi analisado um total de 128 doentes com degenerescência macular da idade exsudativa (idade média de 79,4 anos; média de acuidade visual de 54,2 letras). A alteração média na melhor acuidade visual corrigida desde a situação basal foi de -1,6 letras (n = 82) no ano um e -5,1 letras (n = 72) no ano dois. O número médio de injeções de ranibizumab foi de 3,8 (ano um) e 1,6 (ano dois). Em média, os doentes tiveram entre 8,6 e 5,0 consultas e foi utilizada a tomografia de coerência ótica em 75,0% dos doentes no ano um e em 56,3% dos doentes no ano dois, respetivamente.
Discussão: Apesar do número de consultas relativamente elevado, incluindo consultas de monitorização e de utilização de terapêutica guiada por tomografia de coerência ótica, foram administradas poucas injeções e não houve melhoria na acuidade visual.
Conclusão: Em Portugal, num contexto real, estes achados indicam que o tratamento consoante as necessidades resultou numa dosagem insuficiente. Essas limitações também podem estar associadas ao número crescente de doentes, o que resulta numa saturação clínica.
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