Diabetes: Desigualdades Socioeconómicas na População Portuguesa em 2014

Autores

  • Joana Santos Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.
  • Irina Kislaya Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.
  • Liliana Antunes Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.
  • Ana João Santos Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.
  • Ana Paula Rodrigues Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.
  • Mariana Neto Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.
  • Carlos Matias Dias Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.8235

Palavras-chave:

Diabetes Mellitus, Disparidades em Assistência à Saúde, Factores Socioeconómicos, Literacia, Portugal

Resumo

Introdução: A diabetes é considerada um dos maiores problemas de saúde pública e está associada a fatores socioeconómicos. O objetivo deste estudo foi descrever as desigualdades socioeconómicas na distribuição da diabetes na população com idade igual ou superior a 25 anos, residente em Portugal em 2014.
Material e Métodos: Foram analisados dados do Inquérito Nacional de Saúde de 2014, n = 16 786. Calcularam-se estimativas da prevalência da diabetes total e estratificada por variáveis de caracterização socioeconómica designadamente o nível de escolaridade e o rendimento. O grau de desigualdade socioeconómica foi estimado através do índice de concentração e do índice relativo de desigualdade.
Resultados: A diabetes concentrou-se na população com menor nível de escolaridade (índice de concentração = -0,26) e nos quintis de menor rendimento (índice de concentração = -0,14). O índice relativo de desigualdade evidenciou menor desigualdade nos grupos com um maior nível de escolaridade (0,20; IC 95% = [0,12; 0,32]) e com maior rendimento (0,59; IC 95% = [0,48; 0,74]).
Discussão: A distribuição da diabetes está associada ao nível educacional e ao rendimento. Estudos anteriores mostraram que, apesar do rendimento poder refletir o padrão de vida das pessoas, a educação reflete o contexto social imediato em que o individuo se integra e que contribui para adotar estilos de vida mais saudáveis. Ainda, o Serviço Nacional de Saúde, por ser universal e tendencialmente gratuito, pode ter contribuído para reduzir desigualdades no acesso à saúde por grupos de menor rendimento.
Conclusão: Integrar a ‘Saúde em Todas as Políticas’ pode reduzir as desigualdades, nomeadamente através da melhoria do nível educacional da população e do desenvolvimento de ações que promovam a literacia em saúde.

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Publicado

2017-08-31

Como Citar

1.
Santos J, Kislaya I, Antunes L, Santos AJ, Rodrigues AP, Neto M, Dias CM. Diabetes: Desigualdades Socioeconómicas na População Portuguesa em 2014. Acta Med Port [Internet]. 31 de Agosto de 2017 [citado 25 de Novembro de 2024];30(7-8):561-7. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/8235

Edição

Secção

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