Volume ou Valor? O Papel do Radiologista na Gestão dos Exames Radiológicos
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.8253Palavras-chave:
Diagnóstico por Imagem, Procedimentos Desnecessários, Radiologia, Serviço de UrgênciaResumo
Introdução: Pretendeu-se perceber os motivos e quantificar o número de ecografias e tomografias computorizadas que potencialmente são desperdiçadas a nível da urgência hospitalar na nossa instituição, e a importância que o radiologista pode ter na gestão e triagem desses exames.
Material e Métodos: Definiu-se que os exames urgentes pendentes há mais de sete dias seriam objeto de análise quanto ao motivo de não realização, consultando os registos médicos eletrónicos. Foram usadas seis causas para cancelamento dos referidos pedidos: ‘Alteração do estado do doente’, ‘Desistência, recusa ou abandono do doente’, ‘Falecimento do doente’; ‘Sem critério ou contraindicado’, ‘Falta de recursos humanos’ e ‘Engano na marcação’.
Resultados: No ano de 2015 obtivemos 1211 exames cancelados, por estarem pendentes há mais de uma semana. As quatro primeiras causas totalizaram 602 exames (somatório de 283, 94, 41 e 184). As duas últimas, 609 (somatório de 29 e 580).
Discussão: Verificou-se que os 602 exames correspondentes ao somatório das quatro primeiras causas refletem um potencial desperdício em exames pois não foram determinantes na abordagem do episódio de Urgência e no destino final do doente. Debaixo desta ponta do iceberg poderão estar ainda mais exames e doentes que não escaparam a exames inadequados ou injustificados.
Conclusão: O radiologista poderá gerir melhor os exames radiológicos requisitados, triando eficazmente, num ambiente de equipa multidisciplinar, promovendo a elaboração e apoiando a aderência a normas de orientação e diminuindo potencialmente as requisições através de pareceres ou segundas opiniões.
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