Ser Mãe Depois dos 35 Anos: Será Diferente?

Autores

  • Bárbara Marques Serviço de Neonatologia. Departamento de Pediatria. Hospital Universitário de Santa Maria. Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Francisca Palha Serviço de Neonatologia. Departamento de Pediatria. Hospital Universitário de Santa Maria. Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Edgar Moreira Serviço de Neonatologia. Departamento de Pediatria. Hospital Universitário de Santa Maria. Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Sandra Valente Serviço de Neonatologia. Departamento de Pediatria, Hospital Universitário de Santa Maria (CHLN), Centro Académico de Medicina de Lisboa, Lisboa, Portugal
  • Margarida Abrantes Serviço de Neonatologia. Departamento de Pediatria. Hospital Universitário de Santa Maria. Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Joana Saldanha Serviço de Neonatologia. Departamento de Pediatria. Hospital Universitário de Santa Maria. Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.8319

Palavras-chave:

Complicações na Gravidez, Idade Materna, Recém-Nascido, Resultado da Gravidez

Resumo

Introdução: A idade materna avançada corresponde à maternidade depois dos 35 anos. Está associada a maior número de complicações na gravidez e período neonatal e ainda à diminuição da fertilidade. Propôs-se analisar a relação entre idade materna avançada e suas consequências materno-fetais, assim como a perceção materna dos riscos de uma gravidez depois dos 35 anos.
Material e Métodos: Estudo observacional, retrospetivo, descritivo e comparativo entre dois grupos: Grupo idade materna avançada (idade ≥ 35 anos) e Grupo não-idade materna avançada (idade < 35 anos), efetuado entre março e junho de 2015. Utilizado o teste do qui-quadrado e teste exato de Fisher e considerado significativo se p < 0,05.
Resultados: Das 736 puérperas internadas (32,2% com idade materna avançada), 306 foram incluídas no estudo (153 em cada grupo). No grupo não-idade materna avançada verificou-se um maior número de primíparas (p < 0,01). No grupo idade materna avançada observou-se um maior número de abortos espontâneos prévios (p < 0,001) e foi superior o recurso a técnicas de reprodução medicamente assistida (p < 0,01), a realização de amniocentese (p < 0,001) e o número de partos distócicos, nomeadamente cesarianas (p < 0,001). Não se encontraram diferenças em relação à presença de patologia materna na gravidez, malformações congénitas, necessidade de reanimação neonatal ou prematuridade. Quanto à perceção do risco numa gravidez em idade materna avançada, o grupo não-idade materna avançada considerou-o superior (p < 0,05).
Discussão: A maior parte das mulheres em idade materna avançada tiveram partos de termo e sem complicações. Os resultados neonatais parecem não ter sido influenciados pela idade materna avançada. 
Conclusão: As consequências de uma gravidez em idade materna avançada na nossa amostra não tiveram a mesma expressão clínica que as descritas na literatura. No futuro, a idade materna avançada será possivelmente considerada após os 40 anos.

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Publicado

2017-09-29

Como Citar

1.
Marques B, Palha F, Moreira E, Valente S, Abrantes M, Saldanha J. Ser Mãe Depois dos 35 Anos: Será Diferente?. Acta Med Port [Internet]. 29 de Setembro de 2017 [citado 23 de Novembro de 2024];30(9):615-22. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/8319

Edição

Secção

Original