Transição do Ensino Secundário para a Escola Médica: O Papel do Tempo de Estudo e das Competências de Autorregulação da Aprendizagem no Burnout Académico
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.8350Palavras-chave:
Aprendizagem, Autocontrolo, Educação Médica Pré-Graduada, Escolaridade, Estudantes de Medicina/psicologia, Motivação, PortugalResumo
Introdução: A transição do ensino secundário para o ensino superior é um desafio para o estudante de medicina. Gerir o tempo de estudo e promover as competências de autorregulação da aprendizagem torna-se fundamental para lidar com o exponencial do conhecimento na educação médica. Este estudo pretende avaliar as competências de autorregulação da aprendizagem e o tempo de estudo na transição do secundário para o ensino superior, e explorar o seu efeito no burnout académico no primeiro ano do curso de medicina.
Material e Métodos: Foram recolhidos dados de 102 (43%) estudantes do primeiro ano do curso de medicina acerca das competências de autorregulação da aprendizagem, desempenho académico e tempo de estudo/semana no início do ano letivo (relativos ao último ano do secundário) e no final do mesmo (relativos ao primeiro ano do curso) - nesta fase foi também avaliado o burnout.
Resultados: A exposição ao burnout ocorreu em 12% dos estudantes. A aprendizagem auto-direcionada no ensino secundário e superior e adoção de estratégias de aprendizagem e de avaliação no ensino superior apresentaram efeito protetor de burnout. Contudo, a aprendizagem auto-direcionada no ensino secundário teve efeito indireto no burnout académico através da aprendizagem autodirecionada no ensino superior.
Conclusão: Os estudantes de medicina experienciam problemas de saúde no primeiro ano do curso. Capacitá-los a desenvolver estratégias de aprendizagem e de avaliação e direcionarem autonomamente as suas aprendizagens terá impacto no seu bem-estar. Não é o desempenho académico que influencia o burnout mas o tempo de estudo.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons