Transição do Ensino Secundário para a Escola Médica: O Papel do Tempo de Estudo e das Competências de Autorregulação da Aprendizagem no Burnout Académico

Autores

  • Joselina Barbosa Department of Public Health and Forensic Sciences and Medical Education. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Álvaro Silva Department of Pre-Graduate Education. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Maria Amélia Ferreira Department of Public Health and Forensic Sciences and Medical Education. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Milton Severo Department of Public Health and Forensic Sciences and Medical Education. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.8350

Palavras-chave:

Aprendizagem, Autocontrolo, Educação Médica Pré-Graduada, Escolaridade, Estudantes de Medicina/psicologia, Motivação, Portugal

Resumo

Introdução: A transição do ensino secundário para o ensino superior é um desafio para o estudante de medicina. Gerir o tempo de estudo e promover as competências de autorregulação da aprendizagem torna-se fundamental para lidar com o exponencial do conhecimento na educação médica. Este estudo pretende avaliar as competências de autorregulação da aprendizagem e o tempo de estudo na transição do secundário para o ensino superior, e explorar o seu efeito no burnout académico no primeiro ano do curso de medicina.
Material e Métodos: Foram recolhidos dados de 102 (43%) estudantes do primeiro ano do curso de medicina acerca das competências de autorregulação da aprendizagem, desempenho académico e tempo de estudo/semana no início do ano letivo (relativos ao último ano do secundário) e no final do mesmo (relativos ao primeiro ano do curso) - nesta fase foi também avaliado o burnout.
Resultados: A exposição ao burnout ocorreu em 12% dos estudantes. A aprendizagem auto-direcionada no ensino secundário e superior e adoção de estratégias de aprendizagem e de avaliação no ensino superior apresentaram efeito protetor de burnout. Contudo, a aprendizagem auto-direcionada no ensino secundário teve efeito indireto no burnout académico através da aprendizagem autodirecionada no ensino superior.
Conclusão: Os estudantes de medicina experienciam problemas de saúde no primeiro ano do curso. Capacitá-los a desenvolver estratégias de aprendizagem e de avaliação e direcionarem autonomamente as suas aprendizagens terá impacto no seu bem-estar. Não é o desempenho académico que influencia o burnout mas o tempo de estudo.

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Publicado

2016-12-30

Como Citar

1.
Barbosa J, Silva Álvaro, Ferreira MA, Severo M. Transição do Ensino Secundário para a Escola Médica: O Papel do Tempo de Estudo e das Competências de Autorregulação da Aprendizagem no Burnout Académico. Acta Med Port [Internet]. 30 de Dezembro de 2016 [citado 30 de Junho de 2024];29(12):803-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/8350

Edição

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