Formação Pré-Graduada em Geriatria e Pediatria no Ensino Médico Português: Um Estudo Observacional
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.8380Palavras-chave:
Currículo, Educação Médica Pré-Graduada, Escolas Médicas, Geriatria/educação, Pediatria/educação, PortugalResumo
Introdução: Motivados pelo aumento do número de idosos em Portugal, propusemo-nos a comparar o número de créditos atribuídos a Geriatria e a Pediatria pelo Sistema Europeu de Transferência de Créditos nas Escolas Médicas Portuguesas.
Material e Métodos: Estudo observacional, descritivo e transversal incluindo seis Escolas Médicas com seis anos de formação e um total de 360 créditos. Os dados foram colhidos em março e abril de 2016, dos sítios da Internet das faculdades ou pedidos quando não disponibilizados. As Escolas foram divididas pela metodologia de ensino (clássica/modular) e as disciplinas por categorias (obrigatória/
opcional e específica/relacionada). Os créditos obtidos para a Geriatria e Pediatria foram comparados.
Resultados: Das Escolas Médicas incluídas, duas tinham metodologia modular e as restantes clássica, dedicando globalmente mais créditos ao ensino de Pediatria que Geriatria. Três ofereciam cadeiras obrigatórias específicas para Geriatria (1,5 - 8 créditos), enquanto que todas ofereciam cadeiras obrigatórias específicas para Pediatria (5,7 - 26,5 créditos). O rácio das médias de créditos obrigatórios e específicos (Pediatria/Geriatria) foi de 12,4 nas clássicas e 1,5 nas modulares.
Discussão: Globalmente, o ensino da Pediatria é superior ao da Geriatria em todas as categorias. Através dos resultados obtidos, consideramos que o ensino pré-graduado de Geriatria em Portugal não é adequado.
Conclusão: Apesar da população geriátrica ser epidemiologicamente semelhante à pediátrica, as Escolas Médicas Portuguesas dedicam mais tempo ao ensino da Pediatria. São necessários ajustes aos planos de estudo para melhorar os cuidados de saúde prestados a este grupo populacional.
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