Fibrilhação Auricular na Doença Cerebrovascular: A Perspectiva Neurológica Nacional

Autores

  • Joao Sargento-Freitas Unidade de Acidente Vascular Cerebral, Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal
  • Fernando Silva Unidade de Acidente Vascular Cerebral, Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal
  • Sebastian Koehler Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Luís Isidoro Unidade de Acidente Vascular Cerebral, Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal
  • Nuno Mendonça Unidade de Acidente Vascular Cerebral, Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal
  • Cristina Machado Unidade de Acidente Vascular Cerebral, Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal
  • Gustavo Cordeiro Unidade de Acidente Vascular Cerebral, Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal
  • Luís Cunha Unidade de Acidente Vascular Cerebral, Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.85

Resumo

Introdução: A cardioembolia por fibrilhação auricular assume particular destaque etiológico nas doenças vasculares cerebrais devido à sua crescente incidência, elevado risco embólico e particularidades dos eventos clínicos causados. São objectivos deste trabalho analisar a frequência da fibrilação auricular numa população de doentes com acidente vascular cerebral isquémico observados num hospital nacional, estudar o impacto vital e funcional dos acidentes vasculares cerebrais causados por diferentes etiologias, e avaliar as opções antitrombóticas prévias e posteriores ao acidente vascular cerebral. Metodologia: Realizámos um estudo observacional retrospectivo incluindo todos os doentes internados num hospital central por acidente vascular cerebral isquémico em 2010 (pelo menos um ano de seguimento). A etiologia do acidente vascular cerebral foi definida pela classificação Trial of ORG 10172 in Acute Stroke (TOAST) modificada e o resultado funcional pela escala Rankin modificada. Realizámos análise descritiva das diferentes etiologias de acidente vascular cerebral e das prescrições antitrombóticas a doentes com fibrilhação auricular. Realizámos ainda um estudo de coorte para estudar o impacto clínico das opções antitrombóticas em prevenção secundária após acidente vascular cerebral cardioembólico. Resultados: Na nossa população (n = 631) encontramos frequência de cardioembolia (34,5%) superior à relatada na literatura. Os valores de mortalidade e morbilidade além das opções terapêuticas antitrombóticas em pré e pós-Doença Vascular Cerebral são semelhantes aos de outras séries, confirmando a gravidade dos acidentes vasculares cerebrais cardioembólicos e a subutilização dos antagonistas da vitamina K. A anticoagulação oral foi eficaz em prevenção secundária independentemente do estado funcional sequelar após acidente vascular cerebral. Conclusões: Apesar das recomendações terapêuticas inequívocas a anticoagulação oral continua a ser subutilizada em prevenção de Doença Vascular Cerebral. Confirmamos a eficácia clínica dos antagonistas da vitamina K em prevenção secundária, independentemente das limitações funcionais sequelares.

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Biografia Autor

Joao Sargento-Freitas, Unidade de Acidente Vascular Cerebral, Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal

Membro da equipa clínica da Unidade de AVC e Laboratório de Neurossonologia dos CHUC-HUC.

Publicado

2013-06-05

Como Citar

1.
Sargento-Freitas J, Silva F, Koehler S, Isidoro L, Mendonça N, Machado C, Cordeiro G, Cunha L. Fibrilhação Auricular na Doença Cerebrovascular: A Perspectiva Neurológica Nacional. Acta Med Port [Internet]. 5 de Junho de 2013 [citado 23 de Novembro de 2024];26(2):86-92. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/85

Edição

Secção

Original