Análise da Revisão Cochrane: Prescrição Não-médica versus Prescrição Médica para a Gestão de Doenças Agudas e Crónicas em Cuidados de Saúde Primários e Secundários. Cochrane Database Syst Rev. 2016;11:CD011227.

Autores

  • Gonçalo Silva Duarte Laboratório de Farmacologia Clínica e Terapêutica. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal. Clinical Pharmacology Unit. Instituto de Medicina Molecular. Lisboa. Portugal. Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Ricardo Martins Delgado Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • João Costa Laboratório de Farmacologia Clínica e Terapêutica. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal. Clinical Pharmacology Unit. Instituto de Medicina Molecular. Lisboa. Portugal. Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • António Vaz-Carneiro Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal. Centro Colaborador Português da Rede Cochrane Iberoamericana. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.8652

Palavras-chave:

Doença Aguda/tratamento, Doença Crónica/tratamento, Prescrições de Medicamentos, Revisão Sistemática

Resumo

Em países com diversos níveis socioeconómicos, o assegurar dos cuidados de saúde requer a consideração de uma variedade de estratégias, nas quais pode incluir-se a prescrição não-médica. O objetivo desta revisão foi averiguar se a prescrição por profissionais de saúde não-médicos está associada a resultados (outcomes) clínicos e de relevância para o doente comparáveis à prescrição médica. Revisão sistemática de acordo com a metodologia preconizada pela Cochrane. Foram comparados os outcomes em saúde quando a prescrição médica era realizada por um qualquer profissional de saúde não médico (que prescrevesse com um alto grau de autonomia) versus por um médico, no contexto dos cuidados de saúde primários e secundários, e em países de baixo, médio e alto nível socioeconómico. Foram incluídos para análise 46 ensaios clínicos de diferentes desenhos que avaliaram um total de 37 337 indivíduos. A maioria dos estudos baseou-se na gestão da doença crónica em países de nível socioeconómico mais elevado, onde existe evidência que suporta que os outcomes são comparáveis para os marcadores substitutivos de controlo de doença relativos à hipertensão (evidência moderada), controlo de diabetes (evidência elevada) e hipercolesterolemia (evidência moderada), entre outros. A prescrição por enfermeiros e farmacêuticos com níveis variados de formação (pré-graduada, específica e pós-graduada) esteve também associada a outcomes globalmente comparáveis aos obtidos com a prescrição médica relativamente à adesão à medicação, eventos adversos, nível de satisfação global, qualidade de vida e utilização de recursos (hospitalizações, urgências hospitalares e consultas). Os prescritores não médicos frequentemente tiveram suporte médico disponível para facilitar um modelo de prática colaborativa. Com treino e suporte apropriados, a prescrição não-médica por enfermeiros e farmacêuticos é tão efetiva quanto a prescrição médica numa variedade de condições clínicas.

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Publicado

2017-01-31

Como Citar

1.
Duarte GS, Delgado RM, Costa J, Vaz-Carneiro A. Análise da Revisão Cochrane: Prescrição Não-médica versus Prescrição Médica para a Gestão de Doenças Agudas e Crónicas em Cuidados de Saúde Primários e Secundários. Cochrane Database Syst Rev. 2016;11:CD011227. Acta Med Port [Internet]. 31 de Janeiro de 2017 [citado 22 de Novembro de 2024];30(1):7-11. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/8652

Edição

Secção

Cochrane Corner