Reinternamentos Hospitalares num Serviço de Pedopsiquiatria: Taxa de Readmissão e Fatores de Risco
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.8842Palavras-chave:
Adolescente, Factores de Risco, Hospitalização, Perturbações Mentais, Portugal, Readmissão do Doente, Serviço de PsiquatriaResumo
Introdução: A maioria das perturbações mentais tem uma evolução crónica pelo que certos reinternamentos são inevitáveis. Vários estudos indicam taxas de reinternamento pedopsiquiátrico superiores a 25%. O nosso objetivo é calcular as taxas de readmissão no internamento pedopsiquiátrico do Centro Hospitalar do Porto a 30 dias e um ano após a alta, e identificar os fatores de risco associados.
Material e Métodos: A metodologia consistiu na consulta dos processos clínicos dos doentes internados na Unidade de Internamento do Centro Hospitalar do Porto entre 2010 e 2013, a fim de calcular as taxas de readmissão. Foram também recolhidas as características demográficas e clínicas dos doentes readmitidos. Finalmente, os resultados do grupo de doentes reinternados foram comparados com um segundo grupo de doentes selecionados aleatoriamente e sem readmissões hospitalares, a fim de investigar possíveis fatores de risco para reinternamentos.
Resultados: Um total de 445 doentes foi admitido entre 2010 e 2013. Seis adolescentes foram readmitidos no período de 30 dias (1,3%) e 52 foram readmitidos nos 12 meses após a alta (11,5%). A análise comparativa revelou que a duração do internamento e o número de internamentos anteriores são preditores significativos (p = 0,04 e p = 0,014) para reinternamento.
Discussão: As baixas taxas de readmissão podem refletir não só a eficácia da intervenção terapêutica durante o internamento como também um bom suporte clínico e sociofamiliar após a alta.
Conclusão: Os reinternamentos são considerados um alvo fundamental quanto à prevenção e intervenção nos cuidados de saúde mental. Assim, o conhecimento sobre a sua minimização é crucial.
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