Fatores de Risco para o Desenvolvimento de Síndrome Pós-Quimioembolização após Quimioembolização Hepática para Tratamento de Hepatocarcinoma
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.8976Palavras-chave:
Carcinoma Hepatocelular, Factores de Risco, Quimioembolização Terapêutica, Radiologia de IntervençãoResumo
Introdução: A quimioembolização hepática é uma técnica amplamente usada para o tratamento do carcinoma hepatocelular. A principal complicação deste procedimento é a síndrome pós-quimioembolização. O principal objetivo deste estudo foi determinar fatores de risco para síndrome pós-quimioembolização.
Material e Métodos: Análise retrospetiva unicêntrica de 563 procedimentos de quimioembolização hepática efetuados entre 1/1/2014-31/12/2015. A quimioembolização hepática foi efetuada com ½ - 2 ampolas de microesferas 100 - 300 μm carregadas com doxorrubicina. Os pacientes que desenvolveram síndrome pós-quimioembolização foram identificados pelo prolongamento do internamento por dor, febre, náuseas e/ou vómitos. Um grupo controlo com os pacientes que não desenvolveram síndrome pós-quimioembolização foi criado de forma randomizada (três controlos para um caso). Foi realizada análise descritiva e regressão logística multivariada.
Resultados: A prevalência global de síndrome pós-quimioembolização foi 6,2%. Quimioembolização hepática com dose de doxorrubicina superior a 75 mg (mais de uma ampola), o tamanho do nódulo maior e o género feminino demonstraram relação estatisticamente significativa com o desenvolvimento de síndrome pós-quimioembolização (p = 0,030, p = 0,046 e p = 0,037, respetivamente).
Discussão: Doses de doxorrubicina superiores a 75 mg estão associadas a maior risco de síndrome pós-quimioembolização. Este resultado pode ter impacto na prática clínica, sempre que for possível evitar doses maiores sem comprometer a eficácia do tratamento. O tamanho do maior nódulo tratado e o género feminino também constituem fatores de risco para síndrome pós-quimioembolização. As outras variáveis estudadas não demonstraram relação com síndrome pós-quimioembolização.
Conclusão: A dose de doxorrubicina, o tamanho do maior nódulo tratado e o género feminino são potenciais fatores de risco para o desenvolvimento de síndrome pós-quimioembolização após quimioembolização hepática para o tratamento de carcinoma hepatocelular.
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