Fatores de Risco para o Desenvolvimento de Síndrome Pós-Quimioembolização após Quimioembolização Hepática para Tratamento de Hepatocarcinoma

Autores

  • Mariana Lima Serviço de Imagiologia. Hospital de Santo António dos Capuchos. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa.
  • Sofia Dutra Serviço de Imagiologia. Hospital do Divino Espírito Santo. Ponta Delgada. Açores.
  • Filipe Veloso Gomes Unidade de Radiologia de Intervenção. Centro Hepato-Bilio-Pancreático e de Transplantação. Hospital Curry Cabral. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa.
  • Tiago Bilhim Unidade de Radiologia de Intervenção. Centro Hepato-Bilio-Pancreático e de Transplantação. Hospital Curry Cabral. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Departamento de Radiologia. NOVA Medical School. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa.
  • Élia Coimbra Unidade de Radiologia de Intervenção. Centro Hepato-Bilio-Pancreático e de Transplantação. Hospital Curry Cabral. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.8976

Palavras-chave:

Carcinoma Hepatocelular, Factores de Risco, Quimioembolização Terapêutica, Radiologia de Intervenção

Resumo

Introdução: A quimioembolização hepática é uma técnica amplamente usada para o tratamento do carcinoma hepatocelular. A principal complicação deste procedimento é a síndrome pós-quimioembolização. O principal objetivo deste estudo foi determinar fatores de risco para síndrome pós-quimioembolização.

Material e Métodos:
Análise retrospetiva unicêntrica de 563 procedimentos de quimioembolização hepática efetuados entre 1/1/2014-31/12/2015. A quimioembolização hepática foi efetuada com ½ - 2 ampolas de microesferas 100 - 300 μm carregadas com doxorrubicina. Os pacientes que desenvolveram síndrome pós-quimioembolização foram identificados pelo prolongamento do internamento por dor, febre, náuseas e/ou vómitos. Um grupo controlo com os pacientes que não desenvolveram síndrome pós-quimioembolização foi criado de forma randomizada (três controlos para um caso). Foi realizada análise descritiva e regressão logística multivariada.

Resultados: A prevalência global de síndrome pós-quimioembolização foi 6,2%. Quimioembolização hepática com dose de doxorrubicina superior a 75 mg (mais de uma ampola), o tamanho do nódulo maior e o género feminino demonstraram relação estatisticamente significativa com o desenvolvimento de síndrome pós-quimioembolização (p = 0,030, p = 0,046 e p = 0,037, respetivamente).

Discussão:
Doses de doxorrubicina superiores a 75 mg estão associadas a maior risco de síndrome pós-quimioembolização. Este resultado pode ter impacto na prática clínica, sempre que for possível evitar doses maiores sem comprometer a eficácia do tratamento. O tamanho do maior nódulo tratado e o género feminino também constituem fatores de risco para síndrome pós-quimioembolização. As outras variáveis estudadas não demonstraram relação com síndrome pós-quimioembolização.

Conclusão: A dose de doxorrubicina, o tamanho do maior nódulo tratado e o género feminino são potenciais fatores de risco para o desenvolvimento de síndrome pós-quimioembolização após quimioembolização hepática para o tratamento de carcinoma hepatocelular.

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Biografia Autor

Mariana Lima, Serviço de Imagiologia. Hospital de Santo António dos Capuchos. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa.

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Publicado

2018-01-31

Como Citar

1.
Lima M, Dutra S, Gomes FV, Bilhim T, Coimbra Élia. Fatores de Risco para o Desenvolvimento de Síndrome Pós-Quimioembolização após Quimioembolização Hepática para Tratamento de Hepatocarcinoma. Acta Med Port [Internet]. 31 de Janeiro de 2018 [citado 30 de Junho de 2024];31(1):22-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/8976

Edição

Secção

Original