Prevalência de Obesidade Abdominal e Excesso Ponderal em Crianças Portuguesas e a Importância de Incluir a Obesidade Abdominal nas Consultas Médicas

Autores

  • Daniela Rodrigues CIAS-Centro de Investigação em Antropologia e Saúde. Coimbra. Departamento de Ciências da Vida. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade de Coimbra. Coimbra. http://orcid.org/0000-0002-4559-4303
  • Cristina Padez CIAS-Centro de Investigação em Antropologia e Saúde. Coimbra. Departamento de Ciências da Vida. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade de Coimbra. Coimbra.
  • Aristides M. Machado-Rodrigues CIAS-Centro de Investigação em Antropologia e Saúde. Coimbra. Departamento de Ciências da Vida. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade de Coimbra. Coimbra. Escola Superior de Educação. Instituto Politécnico de Viseu. Viseu.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.9000

Palavras-chave:

Adiposidade, Criança, Índice de Massa Corporal, Obesidade Abdominal, Obesidade Pediátrica, Portugal

Resumo

Introdução: A obesidade abdominal em crianças tem aumentado a ritmo alarmante, mas esse indicador não é avaliado em consultas médicas de rotina. Este estudo pretende avaliar a prevalência de excesso ponderal e obesidade abdominal e a relação entre os dois indicadores de obesidade, em crianças dos 6 aos 10 anos.
Material e Métodos: Numa amostra de 793 crianças (408 raparigas) foram medidos o peso, altura e a circunferência abdominal. Os critérios da International Obesity Task Force foram usados para definir o excesso ponderal e obesidade. Obesidade abdominal foi estimada como a relação cintura/altura ≥ 0,50. Testes estatísticos foram usados para testar os objetivos supramencionados.
Resultados: A prevalência de excesso ponderal, incluindo obesidade foi de 21,9% (18,9 – 25,0), sendo significativamente mais elevada nas raparigas do que nos rapazes (χ2 = 4,59, p = 0,03). A prevalência de obesidade abdominal foi de 21,9% (18,6 – 25,0), sem diferenças significativas em relação ao género (χ2 = 3,32, p = 0,07). Verificámos que 8,2% (5,9 – 10,6) das crianças com peso normal e 59,5% (50,9 – 69,0) de crianças com excesso ponderal tinham obesidade abdominal.
Discussão: A prevalência de obesidade, incluindo abdominal, é elevada nas crianças portuguesas, mas parece ter estabilizado nos últimos anos. Várias crianças com obesidade abdominal foram consideradas não obesas segundo os indicadores da International Obesity Task Force.
Conclusão: Dado que várias crianças não obesas apresentam valores elevados de obesidade abdominal, a medição da relação cintura/altura deve ser incluída em consultas médicas de rotina, de modo a permitir uma melhor avaliação do estado de saúde da criança.

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Publicado

2018-03-29

Como Citar

1.
Rodrigues D, Padez C, Machado-Rodrigues AM. Prevalência de Obesidade Abdominal e Excesso Ponderal em Crianças Portuguesas e a Importância de Incluir a Obesidade Abdominal nas Consultas Médicas. Acta Med Port [Internet]. 29 de Março de 2018 [citado 18 de Julho de 2024];31(3):159-64. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/9000

Edição

Secção

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