Cancro de Mama: Valor em Saúde, Custos e Financiamento

Autores

  • Ana Harfouche Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal. Concepção, Implementação e Desenvolvimento do Activity Based Costing por Actividades Clínicas. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa. Portugal.
  • Silvia Silva Serviço de Cirurgia Geral. Hospital da Marinha Portuguesa. Lisboa. Portugal. Serviço de Cirurgia Geral. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar Lisboa Ocidental. Lisboa. Portugal.
  • João Faria Serviço de Cirurgia Geral. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa. Portugal.
  • Rui Araújo Activity Based Costing por Actividades Clínicas. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa. Portugal.
  • António Gouveia Serviços Farmacêuticos. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa. Portugal.
  • Maria Lacerda Hospital de Dia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa. Portugal.
  • Luís D'Orey Serviço de Cirurgia Geral. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.9093

Palavras-chave:

Análise Custo-Benefício, Custos e Análise de Custo, Custos em Saúde, Neoplasias da Mama/economia

Resumo

Introdução: O cancro de mama é a segunda doença oncológica mais comum no mundo. Com o propósito de estudar o novo financiamento por patologia – cancro de mama – implementado no Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, foram analisados os custos reais dos doentes, através da metodologia de custeio activity based costing. Pretendeu-se dar resposta à pergunta de investigação: “Quanto custa tratar o cancro de mama por ‘mês*doente’ face ao ‘envelope financeiro’ fixo mensal?”.
Material e Métodos: O universo foi constituído por 807 doentes correspondendo a todos os doentes elegíveis no novo programa de financiamento por patologia e entrados ao longo do primeiro ano de implementação. Através do activity based costing foram apurados os custos reais totais por estádio da doença e por ‘mês*doente’ e o desvio relativamente ao ‘envelope financeiro’ fixo mensal.
Resultados: Total de custos (6,6 M€), total de financiamento (5,2 M€) para um total de 5648 ‘meses*doente’. Em 2014, o saldo entre o financiamento obtido e os custos reais, foi negativo em 1,4 M€ para o universo de 807 doentes.
Discussão: As situações extremas em termos de custos por ‘mês*doente’ face ao ‘envelope financeiro’ mensal fixo foram: (i) o estádio 0/TIS com financiamento superior em 415,23 € por ‘mês*doente’; (ii) o estádio IIIC com um financiamento inferior em 1062,79 € por ‘mês*doente’.
Conclusão: O custo ‘mês*doente’, independentemente do estádio da doença, foi de 1170,29 €. O desvio médio ‘mês*doente’ foi negativo (241,21 €) face ao ‘envelope financeiro’ mensal fixo de 929,08 € no primeiro ano. Estabelecer modelos de financiamento com base no activity based costing será crucial para a sustentabilidade futura do sector da saúde.

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Publicado

2017-11-29

Como Citar

1.
Harfouche A, Silva S, Faria J, Araújo R, Gouveia A, Lacerda M, D’Orey L. Cancro de Mama: Valor em Saúde, Custos e Financiamento. Acta Med Port [Internet]. 29 de Novembro de 2017 [citado 22 de Novembro de 2024];30(11):762-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/9093

Edição

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