Prevalência de Literacia em Saúde Inadequada em Portugal Medida com o Newest Vital Sign

Autores

  • Dagmara Paiva ISPUP-EPIUnit. Universidade do Porto. Porto. Unidade de Saúde Familiar Monte Murado. Vila Nova de Gaia. http://orcid.org/0000-0002-3767-8144
  • Susana Silva ISPUP-EPIUnit. Universidade do Porto. Porto. Departamento de Ciências da Saúde Pública e Forenses e Educação Médica. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. http://orcid.org/0000-0002-1335-8648
  • Milton Severo ISPUP-EPIUnit. Universidade do Porto. Porto. Departamento de Ciências da Saúde Pública e Forenses e Educação Médica. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. http://orcid.org/0000-0002-5787-4871
  • Pedro Moura-Ferreira Instituto de Ciências Sociais. Universidade de Lisboa. Lisboa. http://orcid.org/0000-0003-4349-3709
  • Nuno Lunet ISPUP-EPIUnit. Universidade do Porto. Porto. Departamento de Ciências da Saúde Pública e Forenses e Educação Médica. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. http://orcid.org/0000-0003-1870-1430
  • Ana Azevedo ISPUP-EPIUnit. Universidade do Porto. Porto. Departamento de Ciências da Saúde Pública e Forenses e Educação Médica. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. http://orcid.org/0000-0002-7368-9609

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.9135

Palavras-chave:

Estudos de Validação, Literacia em Saúde, Portugal, Prevalência

Resumo

Introdução: A literacia em saúde começa a ser alvo de políticas de saúde em Portugal, mas a investigação neste tema ainda é escassa. Pretendemos estimar a prevalência de literacia em saúde inadequada e os fatores sociodemográficos associados em Portugal, utilizando um instrumento de avaliação da literacia em saúde já existente, o Newest Vital Sign.
Material e Métodos: Após adaptação transcultural do instrumento, avaliámos uma amostra de 249 participantes para examinar fiabilidade e validade de constructo do Newest Vital Sign; esta última foi testada assumindo que os médicos teriam pontuação máxima, seguidos por investigadores na área da saúde, investigadores na área da engenharia e finalmente por leigos da população geral. Em seguida, aplicámos a versão validada numa amostra representativa de 1554 pessoas, residentes em Portugal, entre os 16 e os 79 anos, e quantificámos as associações entre literacia em saúde inadequada e caraterísticas sociodemográficas.
Resultados: O instrumento revelou elevada fiabilidade (α de Cronbach = 0,85). A profissão ligada à saúde associou-se a pontuações mais elevadas no Newest Vital Sign (p para a tendência < 0,001). A prevalência de literacia em saúde inadequada na população portuguesa foi de 72,9% (IC 95%: 69,4 - 76,4). Não encontrámos diferenças entre homens e mulheres, mas as pessoas com literacia em saúde inadequada eram significativamente mais velhas (p < 0,001) e com menor escolaridade (p < 0,001).
Discussão: A carga de literacia em saúde inadequada em Portugal é mais alta do que a observada noutros países europeus. Esta deve conduzir a medidas de precaução universais no âmbito da comunicação em saúde, a todos os níveis de cuidados.
Conclusão: Adaptámos um instrumento breve e simples e estimámos que, na população portuguesa alfabetizada, três em cada quatro pessoas possuem literacia em saúde inadequada.

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Biografia Autor

Dagmara Paiva, ISPUP-EPIUnit. Universidade do Porto. Porto. Unidade de Saúde Familiar Monte Murado. Vila Nova de Gaia.

Family physician at ARS Norte, PhD Candidate at Faculdade Medicina da Universidade do Porto, Junior researcher at EpiUnit-ISPUP (Epidemiology Research Unit - Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, Refª UID/DTP/04750/2013)

Publicado

2017-12-29

Como Citar

1.
Paiva D, Silva S, Severo M, Moura-Ferreira P, Lunet N, Azevedo A. Prevalência de Literacia em Saúde Inadequada em Portugal Medida com o Newest Vital Sign. Acta Med Port [Internet]. 29 de Dezembro de 2017 [citado 24 de Novembro de 2024];30(12):861-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/9135

Edição

Secção

Original