Efeitos da Terapia da Fala em Pacientes Internados com Disfagia Pós-Acidente Cerebrovascular: Revisão Sistemática de Estudos Observacionais

Autores

  • Joice Santos Andrade Departamento de Disfagia e Fonoaudiologia Hospitalar. INCISA. Belo Horizonte.
  • Wagner Walter Oliveira de Jesus Souza Departamento de Disfagia e Fonoaudiologia Hospitalar. INCISA. Belo Horizonte.
  • Luiz Renato Paranhos Departamento de Odontologia. Universidade Federal de Sergipe. Lagarto.
  • Danielle Ramos Domenis Departamento de Fonoaudiologia. Universidade Federal de Sergipe. Lagarto.
  • Carla Patrícia Hernandez Alves Ribeiro César Departamento de Fonoaudiologia. Universidade Federal de Sergipe. Lagarto.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.9183

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral/complicações, Hospitalização, Perturbações da Audição, Perturbações da Deglutição, Revisão, Terapia da Fala, Terapia da Linguagem

Resumo

Introdução: Como a disfagia pode ser uma das sequelas pós-acidente cerebrovascular encefálico, o objetivo deste estudo foi analisar o tempo médio de recuperação de doentes com acidente cerebrovascular encefálico e disfagia submetidos à terapia da fala na beira do leito hospitalar.
Material e Métodos: Revisão sistemática realizada a partir do Preferred Reporting Items is Systematic Reviews and Meta-Analyses. A busca foi realizada em diferentes bancos de dados, sem restrição de tempo e idioma. Os estudos foram avaliados quanto à sua qualidade metodológica.
Resultados: De 5671 registos rastreados, cinco estudos foram elegíveis. Obtiveram-se 176 doentes com acidente cerebrovascular encefálico e disfagia (idades entre 22 e 91 anos - média: 68,95), sem prevalência quanto ao género. A melhora no quadro da disfagia ocorreu em 84,26% dos sujeitos e o tempo de recuperação entre um e noventa dias (média: 22). Em nenhum estudo foi realizada a randomização, o cegamento, o manejo de perdas, desistências e realizado com grupo controlo.
Discussão: O sucesso da reabilitação da disfagia orofaríngea como sequela pós-acidente vascular encefálico dependerá da extensão, da localização da lesão neurológica e da intervenção precoce no leito hospitalar. Apesar do reconhecimento dos profissionais da saúde sobre a importância da reabilitação da deglutição para esses doentes, há carência de estudos que suportem uma prática baseada em evidências, embora os resultados apontem melhoras neste sentido.
Conclusão: A terapia da fala na beira do leito em doentes disfágicos pós- acidente cerebrovascular encefálico parece trazer resultados satisfatórios em curto período de tempo, revelando a importância do diagnóstico e da intervenção da terapia da fala precoces.

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Biografias Autor

Joice Santos Andrade, Departamento de Disfagia e Fonoaudiologia Hospitalar. INCISA. Belo Horizonte.

Fonoaudióloga clínica e hospitalar.

Wagner Walter Oliveira de Jesus Souza, Departamento de Disfagia e Fonoaudiologia Hospitalar. INCISA. Belo Horizonte.

Fonoaudiólogo clínico e hospitalar.

Luiz Renato Paranhos, Departamento de Odontologia. Universidade Federal de Sergipe. Lagarto.

Departamento de Odontologia.

Danielle Ramos Domenis, Departamento de Fonoaudiologia. Universidade Federal de Sergipe. Lagarto.

Departamento de Fonoaudiologia.

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Publicado

2017-12-29

Como Citar

1.
Andrade JS, Souza WWO de J, Paranhos LR, Domenis DR, César CPHAR. Efeitos da Terapia da Fala em Pacientes Internados com Disfagia Pós-Acidente Cerebrovascular: Revisão Sistemática de Estudos Observacionais. Acta Med Port [Internet]. 29 de Dezembro de 2017 [citado 24 de Novembro de 2024];30(12):870-81. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/9183

Edição

Secção

Revisão