Padrões de Consumo de Bebidas Energéticas em Adolescentes Portugueses de Uma Cidade do Norte de Portugal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.9403Palavras-chave:
Adolescente, Bebidas Energéticas, PortugalResumo
Introdução: As bebidas energéticas contêm elevadas quantidades de cafeína e outros estimulantes, sendo especialmente publicitadas para jovens. Diversos efeitos nocivos associados com o seu consumo têm sido reportados. Não obstante, a investigação nesta área é escassa, em particular nos mais jovens. O objetivo primário do estudo foi determinar a prevalência e padrões de consumo de bebidas energéticas em adolescentes.
Materiais e Métodos: Estudo transversal de indivíduos entre os 11 - 17 anos, alunos em quatro escolas públicas, em Braga. Utilizou-se um questionário de autopreenchimento para obter dados sociodemográficos, rendimento escolar auto reportado, padrão de consumo de bebidas energéticas, assim como atitudes, crenças e sintomas associados.
Resultados: Dos 1414 adolescentes estudados (idade média de 15,1 ± 1,5 anos; 53,9% raparigas), 56,7% referiram consumo prévio de bebidas energéticas (62,5% nos rapazes; 52,1% nas raparigas). Destes, 34% reportaram consumo regular, semanal em 14,1%. Os motivos mais comuns para consumo foram sabor (49%), aumento da energia (35%) ou do rendimento desportivo (33%). Em média, os consumidores de bebidas energéticas eram mais velhos comparativamente com não consumidores. Consumo de bebidas energéticas associou-se com género masculino e menor rendimento escolar. Cerca de um terço (30,6%) referiu pelo menos um sintoma após o consumo. Adicionalmente, 39,9% reportaram consumo conjunto com álcool.
Discussão: O consumo de bebidas energéticas tendo vindo a crescer. A prevalência encontrada para o seu consumo neste estudo é similar à encontrada na literatura. O conhecimento da motivação, consciencialização dos riscos ou outras variáveis relacionadas com o seu consumo poderá contribuir para uma melhor caracterização deste comportamento.
Conclusão: Demonstrou-se uma elevada prevalência de consumo de bebidas energéticas entre adolescentes de uma cidade do Norte de Portugal, sendo frequente a ocorrência de sintomas após o consumo e o uso concomitante com álcool.
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