Mortalidade por Suicídio nos Municípios de Portugal Continental: Evolução Espácio-Temporal entre 1980 e 2015
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.9423Palavras-chave:
Análise Espaço-Temporal, Causas de Morte/tendências, Portugal, Suicídio/estatística e dados numéricosResumo
Introdução: O suicídio é considerado um problema de saúde pública. É um fenómeno complexo que resulta da interação de múltiplos fatores e que não depende unicamente de condições individuais. Este estudo pretende analisar a evolução espácio-temporal da mortalidade por suicídio em Portugal Continental, entre os anos de 1980 e 2015, identificando, nos 278 municípios, áreas de risco e suas alterações.
Material e Métodos: Com base no número de óbitos por suicídio e lesões autoinfligidas e na população residente, a evolução espácio-temporal da taxa de mortalidade por suicídio foi analisada através de: i) um modelo de regressão de Poisson joinpoint, e ii) métodos de clusterização espácio-temporal.
Resultados: A evolução da taxa de mortalidade por suicídio revelou três períodos de incremento (1980 - 1984, 1999 - 2002 e 2006 - 2015) e dois períodos de decréscimo (1984 - 1995 e 1995 - 1999) estatisticamente significativos. A análise espácio-temporal identificou cinco clusters de risco elevado de suicídio (risco relativo > a 1) e quatro clusters de risco baixo (risco relativo < a 1).
Discussão: Os períodos de aumento do fenómeno suicidário parecem coincidir com momentos de instabilidade económica e financeira. O padrão geográfico do risco de suicídio modificou-se: municípios da região Centro e Norte revelam valores próximos dos observados no Sul, amplificando a ruralização do fenómeno suicidário.
Conclusão: Entre 1980 e 2015 o padrão espácio-temporal da mortalidade por suicídio tem vindo a alterar-se, sendo atualmente um fenómeno com tendência evolutiva crescente (desde 2006) e de maior risco em territórios rurais.
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