Validação da Versão Portuguesa da Escala da Qualidade da Recuperação Pós-Operatória (PostopQRS)

Autores

  • André Biscaia Family Health Unit. Unidade de Saúde Familiar Marginal. ACES de Cascais. Cascais.
  • Pedro Amorim Department of Anesthesiology. Hospital de Santo António. Porto.
  • Simão Esteves Department of Anesthesiology. Hospital de Santo António. Porto.
  • Filipa Lagarto Department of Anesthesiology. Hospital de Santo António. Porto.
  • Blandina Gomes Department of Anesthesiology. Hospital de Santo António. Porto.
  • José Bismarck Department of Anesthesiology. Hospital da Luz. Lisboa.
  • Nuno Rodrigues Department of Anesthesiology. Hospital da Luz. Lisboa.
  • Mafalda Nogueira Merck Sharp & Dohme, Lda. Paço de Arcos.
  • Colin F. Royse Department of Surgery. The University of Melbourne. Melbourne. Department of Anaesthesia and Pain Management. The Royal Melbourne Hospital. Carlton.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.9451

Palavras-chave:

Inquéritos e Questionários, Período de Recuperação da Anestesia, Portugal, Período Pós-Operatório, Recuperação de Função Fisiológica, Testes Neuropsicológicos

Resumo

Introdução: A Escala da Qualidade da Recuperação Pós-Operatória é um instrumento de seis domínios, desenhada para avaliar a qualidade da recuperação no período pós-operatório precoce e tardio. Este estudo teve como objetivo validar a versão portuguesa da Escala da Qualidade da Recuperação Pós-Operatória.
Material e Métodos: Neste estudo observacional foi obtida uma amostra de 101 doentes adultos submetidos a cirurgia eletiva e que preencheu a Escala da Qualidade da Recuperação Pós-Operatória aos 15 e 40 minutos, um e três dias após a cirurgia. Três teorias foram avaliadas para aferir a validade teórica da escala: aumento da recuperação ao longo do tempo, efeito do género e a associação da recuperação com a força muscular. Foram também avaliadas a fiabilidade, poder de resposta, viabilidade e aceitabilidade.
Resultados: A validade teórica foi demonstrada pelo aumento da recuperação ao longo do tempo, assim como uma pior recuperação para doentes do sexo feminino em atividades emotivas, nociceptivas, diárias e de recuperação geral. Detetou-se ainda uma melhoria da força muscular em doentes recuperados. A coerência interna no domínio das atividades da vida diária foi aceitável em todos os tempos (valor α de Cronbach de 0,772 ou superior), indicando a fiabilidade da escala. Com esta escala foi possível detetar diferenças na qualidade pós-operatória da recuperação entre os agentes de reversão de bloqueio neuromuscular, a neostigmina e o sugammadex, indicando que a escala apresenta poder de resposta. O tempo para aplicar a versão portuguesa no período inicial (baseline) foi de 95 - 581 segundos (mediana 319 segundos) com uma diminuição em avaliações subsequentes. A proporção de doentes que completaram todos os itens da escala foi de 87%, 75%, 65% e 94% nos quatro períodos avaliados, indicando viabilidade e aceitabilidade da escala.
Discussão: A versão portuguesa da Escala da Qualidade da Recuperação Pós-Operatória demonstrou ter validade, fiabilidade, poder de resposta, viabilidade e aceitabilidade.
Conclusões: Este estudo permitiu a validação da versão Portuguesa da Escala da Qualidade da Recuperação Pós-Operatória.

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Publicado

2018-10-31

Como Citar

1.
Biscaia A, Amorim P, Esteves S, Lagarto F, Gomes B, Bismarck J, Rodrigues N, Nogueira M, Royse CF. Validação da Versão Portuguesa da Escala da Qualidade da Recuperação Pós-Operatória (PostopQRS). Acta Med Port [Internet]. 31 de Outubro de 2018 [citado 22 de Novembro de 2024];31(10):551-6. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/9451

Edição

Secção

Original