Urticária Crónica na Prática Clínica de Vida Real em Portugal: Características Basais do Estudo Multicêntrico Não-Intervencional AWARE
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.9496Palavras-chave:
Custo da Doença, Doença Crónica, Portugal, Qualidade de Vida, Recursos da Saúde, UrticáriaResumo
Introdução: A informação sobre os doentes com urticária crónica em ambiente de vida real é escassa e este estudo teve por objectivo reportar e avaliar as características basais dos doentes portugueses com urticária crónica refractários aos anti-histamínicos H1 incluídos no estudo AWARE.
Material e Métodos: Estudo de coorte não intervencional. Foram incluídos doentes adultos com diagnóstico de urticária crónica sintomáticos durante pelo menos dois meses, refratários aos anti-histamínicos H1, seguidos em 10 centros de urticária em Portugal. Foram recolhidos dados basais sociodemográficos, história clínica, parâmetros clínicos, medicação, índice semanal de atividade de urticária e índice de qualidade de vida dermatológico.
Resultados: Foram incluídos 76 doentes, dos quais 76,3% mulheres. A maioria dos doentes estava diagnosticado com urticária crónica espontânea (88,2%) e 39,5% apresentavam angioedema. Cerca de 91,0% dos doentes estavam medicados com anti-histamínicos H1 não sedativos e 35,4% com terapêuticas de terceira linha. A mediana do índice de qualidade de vida dermatológico foi 5,0 e a mediana do índice semanal de atividade de urticária foi 13,0.
Discussão: Os resultados basais sugerem que os doentes com urticária crónica refratários ao tratamento com anti-histamínicos H1 estão sub-tratados em ambiente de vida real.
Conclusão: O estudo AWARE vem demonstrar o real impacto da urticária crónica nos doentes portugueses refratários ao tratamento com anti-histamínicos H1 onde mais de 30% reporta um impacto elevado ou extremamente elevado da doença na sua qualidade de vida. O seguimento destes doentes permitirá avaliar estratégias para otimização do controlo da doença.
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