Ameaças à Saúde e ao Bem-Estar Percebidas pelos Idosos em Portugal e na Polónia

Autores

  • Maria da Piedade Moreira Brandão ESSUA - Health School. University of Aveiro. Aveiro. CINTESIS - Center for Health Technology and Services Research. University of Porto. Porto. https://orcid.org/0000-0001-9272-0387
  • Laura Martins University of Aveiro. Aveiro.
  • Marlena Szewczyczak Department of Preventive Medicine. Poznan University of Medical Sciences. Poznań.
  • Dorota Talarska Department of Preventive Medicine. Poznan University of Medical Sciences. Poznań.
  • Ian Philp Health Sciences. Warwick University. Coventry.
  • Margarida Fonseca Cardoso Department of Population Studies. Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar. University of Porto. Porto. CIIMAR - Interdisciplinary Centre of Marine and Environmental Research. University of Porto. Porto. https://orcid.org/0000-0003-0042-5853

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.9613

Palavras-chave:

Envelhecimento, Estado de Saúde, Idoso, Polónia, Portugal

Resumo

Introdução: De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, Portugal e Polónia ficam abaixo da média em várias medidas de bem-estar, como renda e riqueza, e estado de saúde. Investigar como as pessoas percecionam as ameaças à saúde nesses dois países, é uma questão importante para atender a necessidades prioritárias sentidas. Para atender a essa necessidade, o objetivo deste trabalho é comparar as perceções das ameaças à saúde e ao bem-estar entre as pessoas idosas polacas e portuguesas e explorar as diferenças entre os países, no que respeita aos padrões da auto-perceção do estado de saúde.

Material e Métodos: Foi realizado um estudo transversal com duas amostras de conveniência nos Cuidados de Saúde Primários na Polónia e em Portugal; foram incluídos 480 adultos com 65 anos ou mais (247 portugueses). A avaliação padrão EASYCare de 2010 foi aplicada no âmbito de um projeto conjunto em ambos os países. A associação entre ‘perceção não saudável’ e as variáveis sociodemográficas e ameaças à saúde foi examinada através da regressão logística.

Resultados: Em ambos os países cerca de dois terços das pessoas idosas avaliaram a sua saúde como não saudável. O fato de ter finanças mais do que suficientes produziu uma menor probabilidade de não ser saudável em comparação com aqueles cujas finanças não eram suficientes no final do mês (Portugal: OR = 0,25, IC 95%: 0,10 a 0,63; Polónia: OR = 0,33; IC 95%: 0,12 a 0,88). Problemas visuais, dor corporal, perda de memória, sentir-se aborrecido ou solitário e trefrir dificuladade respiratória durante as atividades normais foi consistentemente associado com uma saúde autoavaliada razoável ou insatisfatória.

Discussão: Estes resultados fornecem informações importantes sobre o perfil de saúde de pessoas idosas, o que poderá ajudar no desenvolvimento de sistemas de saúde centrados nas pessoas em que as suas vidas e bem-estar possam ser melhorados.

Conclusão: A perceção não saudável das pessoas mais velhas apresentou-se consistentemente associada a indicadores de principais ameaças para a saúde.

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Biografia Autor

Ian Philp, Health Sciences. Warwick University. Coventry.

Ian Philp é diretor da EASYCare Foundation Ltd, que detém os direitos autorais internacionais de todas as ferramentas e métodos EASYCare. A avaliação do EASYCare Standard está disponível gratuitamente, uma vez registrada na Fundação. Qualquer comercialização de métodos EASYCare por terceiros deve ser aprovada pela Fundação com royalties pagos. Os lucros da Fundação são distribuídos para instituições de caridade.

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Publicado

2018-08-31

Como Citar

1.
Brandão M da PM, Martins L, Szewczyczak M, Talarska D, Philp I, Cardoso MF. Ameaças à Saúde e ao Bem-Estar Percebidas pelos Idosos em Portugal e na Polónia. Acta Med Port [Internet]. 31 de Agosto de 2018 [citado 22 de Novembro de 2024];31(7-8):409-15. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/9613

Edição

Secção

Original