Tromboembolismo Venoso em Idade Pediátrica: Estudo Retrospetivo de 15 Anos

Autores

  • Joana Verdelho Andrade Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu.
  • Joana Magalhães Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu.
  • Catarina Resende Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu.
  • Dora Gomes Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu.
  • Gabriela Laranjo Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu.
  • Joana Campos Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu.
  • Elisabete Santos Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu.
  • Cristina Faria Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.9639

Palavras-chave:

Criança, Embolia Pulmonar, Trombose Venosa

Resumo

Introdução: O tromboembolismo pulmonar e trombose venosa profunda ocorrem em idade pediátrica com incidência, morbilidade e mortalidade desconhecidas. O objetivo foi rever epidemiologia, apresentação clínica, exames complementares de diagnóstico e prognóstico de doentes com tromboembolismo pulmonar e trombose venosa profunda.
Material e Métodos: Estudo retrospetivo, descritivo e analítico de doentes pediátricos internados num hospital de nível II por tromboembolismo pulmonar e trombose venosa profunda, entre 2000 e 2014. Estudaram-se características demográficas, história clínica, comorbilidades e fatores de risco.
Resultados: Foram internados 11 doentes (sete com tromboembolismo pulmonar, cinco com trombose venosa profunda e um com ambos), 64% do género feminino e idade média de 16 anos. Todos os doentes com tromboembolismo pulmonar referiam toracalgia/dispneia, 25% síncope/palpitações e 25% febre. Todos os doentes com trombose venosa profunda referiam dor no local da obstrução, 83% edema/cianose do membro afetado e 17% febre. O estudo da trombofilia positivo foi o fator de risco mais frequente nas duas entidades. O valor médio dos D-dímeros foi 3252 ug/L e 2660 ug/L no tromboembolismo pulmonar e trombose venosa profunda, respetivamente. Todos os doentes iniciaram anticoagulação, três necessitaram de cuidados intensivos, três apresentaram sequelas e houve um óbito.
Discussão: Todos os doentes tinham pelo menos um fator de risco associado e as condições de hipercoagulabilidade herdadas foram o fator de risco mais frequentemente encontrado nos nossos adolescentes.
Conclusão: O aumento da incidência na população pediátrica descrito na literatura pode ser atribuído à crescente sensibilização para esta patologia, aos avanços médicos e aumento da sobrevida de doenças crónicas. Escasseiam recomendações baseadas na evidência que identifiquem os doentes com risco de trombose, para que as decisões possam ser tomadas de forma cuidadosa, equilibrando o risco e benefício em cada caso.

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Publicado

2018-09-28

Como Citar

1.
Andrade JV, Magalhães J, Resende C, Gomes D, Laranjo G, Campos J, Santos E, Faria C. Tromboembolismo Venoso em Idade Pediátrica: Estudo Retrospetivo de 15 Anos. Acta Med Port [Internet]. 28 de Setembro de 2018 [citado 30 de Junho de 2024];31(9):489-95. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/9639

Edição

Secção

Original