Saúde Oral - Fatores de Não Adesão aos Cheques-Dentista: Um Estudo de Caso-Controlo
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.9640Palavras-chave:
Avaliação de Programas e Projetos de Saúde, Educação em Saúde Oral, Portugal, Promoção da Saúde, Saúde OralResumo
Introdução: O cheque-dentista foi criado para efetivar o acesso às consultas de medicina dentária, no entanto, a utilização dos primeiros cheques-dentistas pelos alunos com cáries de 7, 10 e 13 anos das escolas públicas da área geodemográfica do Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Ocidental e Oeiras (ACES LOO) tem sido baixa (23%, ano letivo 2014/2015). Com este trabalho, pretendemos estudar os fatores associados à não utilização.
Material e Métodos: Realizámos um estudo caso-controlo que envolveu 270 alunos (135 casos e 135 controlos), provenientes das 35 escolas públicas que aceitaram participar no estudo. Foi feita uma análise descritiva dos motivos da não adesão e a pesquisa da associação entre as variáveis e a utilização/não utilização do cheque-dentista por análise estatística bivariável e multivariável, adotando-se um nível de significância de 0,05.
Resultados: Os principais motivos para a não utilização elencados (n = 135) foram ter dentista particular não aderente ao cheque-dentista (23,7%) e ter-se esquecido de utilizar o cheque-dentista, deixando ultrapassar o prazo de validade (21,5%). O principal fator associado à não utilização foi o aluno ser vigiado por dentista particular (OR ajustado 2,004, p = 0,017; IC 95%: 1,176 - 3,413) e o principal fator associado à utilização foi o encarregado de educação ter conhecimento de dentista aderente ao cheque-dentista (OR ajustado 0,096, p < 0,001; IC 95%: 0,047 - 0,198).
Discussão: Os resultados obtidos realçam a necessidade de se melhorar a acessibilidade aos cheques-dentista.
Conclusão: Espera-se que a identificação destes fatores possa contribuir para planear estratégias e atividades com vista a aumentar a utilização dos cheques-dentista.
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