Delirium: O 7º Parâmetro Vital?
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.9670Palavras-chave:
Cuidados Paliativos, Custo da Doença, Delírio/diagnóstico, Delírio/economia, Delírio/etiologia, Delírio/prevenção e controlo, Delírio/tratamentoResumo
Introdução: O delirium é uma síndrome neuropsiquiátrica transitória e flutuante com início súbito frequente nos doentes internados, em particular na população geriátrica e paliativa.
Material e Métodos: Através de uma breve revisão da literatura, os autores propuseram-se a sistematizar a definição, fisiopatologia e etiologia do delirium, principais ferramentas para o seu diagnóstico, prevenção e tratamento, bem como o seu impacto socio-económico.
Resultados e Discussão: O delirium é uma entidade pouco reconhecida pelos profissionais de saúde, que se associa a maior morbi-mortalidade e custos, interfere com a avaliação e abordagem da dor e de outros sintomas e acarreta elevado distress nos doentes, famílias e profissionais de saúde. O melhor tratamento do delirium é a prevenção, que se baseia em intervenções multidisciplinares sob os principais fatores de risco para o seu desenvolvimento. A evidência científica para o tratamento do delirium existe, mas é escassa, sendo a terapêutica preferencial a não farmacológica, com implementação de estratégias ambientais, comportamentais e sociais. O tratamento farmacológico é de segunda linha e deverá ser instituído de forma a prevenir que o doente se coloque em risco, nomeadamente através do uso de antipsicóticos.
Conclusão: O reconhecimento e prevenção do delirium são essenciais, pelo que é fundamental a educação e formação dos profissionais de saúde, bem como o acompanhamento e apoio aos familiares. É por todo o impacto que tem nos serviços de saúde, nos profissionais e, sobretudo, nos doentes e seus familiares, que sugerimos maior atenção ao delirium e, porque não, passar a considerá-lo como o 7º sinal vital.
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