Delirium: O 7º Parâmetro Vital?

Autores

  • Rita Prayce Unidade Funcional Medicina 1.2. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa.
  • Filipa Quaresma Unidade Funcional Medicina 1.2. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa.
  • Isabel Galriça Neto Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos. Hospital da Luz. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.9670

Palavras-chave:

Cuidados Paliativos, Custo da Doença, Delírio/diagnóstico, Delírio/economia, Delírio/etiologia, Delírio/prevenção e controlo, Delírio/tratamento

Resumo

Introdução: O delirium é uma síndrome neuropsiquiátrica transitória e flutuante com início súbito frequente nos doentes internados, em particular na população geriátrica e paliativa.

Material e Métodos:
Através de uma breve revisão da literatura, os autores propuseram-se a sistematizar a definição, fisiopatologia e etiologia do delirium, principais ferramentas para o seu diagnóstico, prevenção e tratamento, bem como o seu impacto socio-económico.

Resultados e Discussão:
O delirium é uma entidade pouco reconhecida pelos profissionais de saúde, que se associa a maior morbi-mortalidade e custos, interfere com a avaliação e abordagem da dor e de outros sintomas e acarreta elevado distress nos doentes, famílias e profissionais de saúde. O melhor tratamento do delirium é a prevenção, que se baseia em intervenções multidisciplinares sob os principais fatores de risco para o seu desenvolvimento. A evidência científica para o tratamento do delirium existe, mas é escassa, sendo a terapêutica preferencial a não farmacológica, com implementação de estratégias ambientais, comportamentais e sociais. O tratamento farmacológico é de segunda linha e deverá ser instituído de forma a prevenir que o doente se coloque em risco, nomeadamente através do uso de antipsicóticos.

Conclusão:
O reconhecimento e prevenção do delirium são essenciais, pelo que é fundamental a educação e formação dos profissionais de saúde, bem como o acompanhamento e apoio aos familiares. É por todo o impacto que tem nos serviços de saúde, nos profissionais e, sobretudo, nos doentes e seus familiares, que sugerimos maior atenção ao delirium e, porque não, passar a considerá-lo como o 7º sinal vital.

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Publicado

2018-01-31

Como Citar

1.
Prayce R, Quaresma F, Neto IG. Delirium: O 7º Parâmetro Vital?. Acta Med Port [Internet]. 31 de Janeiro de 2018 [citado 30 de Junho de 2024];31(1):51-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/9670

Edição

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