Multimorbilidade e Gravidade da Doença Medida pelo Índice de Charlson em Doentes Hospitalizados Durante o Ano de 2015: Estudo Transversal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.9728Palavras-chave:
Comorbilidade, Índice de Gravidade de Doença, Multimorbilidade, PortugalResumo
Introdução: A associação entre multimorbilidade e gravidade da doença não está bem estabelecida. Os objetivos foram caracterizar a multimorbilidade e determinar a gravidade da doença, bem como verificar se existe associação entre o número e natureza dos diagnósticos e o índice de Charlson.
Material e Métodos: Estudo transversal realizado através de dados exportados da base de dados de internamentos, durante o ano de 2015. O estudo incluiu 22 doenças crónicas: 15 previstas no índice de Charlson e sete condições médicas frequentes (hipertensão, obesidade, dislipidemia, osteoartrose, osteoporose, ansiedade e depressão). A análise foi realizada através do modelo linear generalizado, regressão logística binária. Na análise, utilizou-se a ferramenta IBM SPSS versão 24.0.
Resultados: Foram analisadas 800 376 hospitalizações, das quais 42% correspondem a homens. A idade média da amostra foi de 59,8 anos, sendo maior nos homens (62,3 anos). O número médio de problemas por pessoa foi de 1,6, sendo superior nos homens (1,8). A gravidade da doença também foi maior nos homens. O pior prognóstico esteve associado a seis ou mais condições por pessoa. O maior preditor de gravidade da doença foi o número de problemas, seguido da demência e diabetes.
Discussão: Os resultados parecem confirmar a diferença entre sexos quanto ao padrão de morbilidade. O número de condições por pessoa foi o maior preditor de gravidade da doença, particularmente a presença de seis ou mais condições por pessoa.
Conclusão: A principal limitação identificada foi o uso das mesmas condições médicas para medir a multimorbilidade e a gravidade da doença. Outros estudos e modelos de análise devem explorar a complexidade do fenómeno da multimorbilidade.
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