Multimorbilidade e Gravidade da Doença Medida pelo Índice de Charlson em Doentes Hospitalizados Durante o Ano de 2015: Estudo Transversal

Autores

  • Paula Broeiro-Gonçalves Unidade de Cuidados de Saúde Primários dos Olivais. Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Central. Lisboa. Departamento de Medicina Geral e Familiar. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. https://orcid.org/0000-0002-5013-6171
  • Paulo Nogueira Departamento de Saúde Ambiental. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Laboratório de Biomatemática. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • Pedro Aguiar Departamento de Saúde Pública. Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.9728

Palavras-chave:

Comorbilidade, Índice de Gravidade de Doença, Multimorbilidade, Portugal

Resumo

Introdução: A associação entre multimorbilidade e gravidade da doença não está bem estabelecida. Os objetivos foram caracterizar a multimorbilidade e determinar a gravidade da doença, bem como verificar se existe associação entre o número e natureza dos diagnósticos e o índice de Charlson.

Material e Métodos: Estudo transversal realizado através de dados exportados da base de dados de internamentos, durante o ano de 2015. O estudo incluiu 22 doenças crónicas: 15 previstas no índice de Charlson e sete condições médicas frequentes (hipertensão, obesidade, dislipidemia, osteoartrose, osteoporose, ansiedade e depressão). A análise foi realizada através do modelo linear generalizado, regressão logística binária. Na análise, utilizou-se a ferramenta IBM SPSS versão 24.0.

Resultados: Foram analisadas 800 376 hospitalizações, das quais 42% correspondem a homens. A idade média da amostra foi de 59,8 anos, sendo maior nos homens (62,3 anos). O número médio de problemas por pessoa foi de 1,6, sendo superior nos homens (1,8). A gravidade da doença também foi maior nos homens. O pior prognóstico esteve associado a seis ou mais condições por pessoa. O maior preditor de gravidade da doença foi o número de problemas, seguido da demência e diabetes.

Discussão: Os resultados parecem confirmar a diferença entre sexos quanto ao padrão de morbilidade. O número de condições por pessoa foi o maior preditor de gravidade da doença, particularmente a presença de seis ou mais condições por pessoa.

Conclusão: A principal limitação identificada foi o uso das mesmas condições médicas para medir a multimorbilidade e a gravidade da doença. Outros estudos e modelos de análise devem explorar a complexidade do fenómeno da multimorbilidade.

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Publicado

2019-02-01

Como Citar

1.
Broeiro-Gonçalves P, Nogueira P, Aguiar P. Multimorbilidade e Gravidade da Doença Medida pelo Índice de Charlson em Doentes Hospitalizados Durante o Ano de 2015: Estudo Transversal. Acta Med Port [Internet]. 1 de Fevereiro de 2019 [citado 22 de Novembro de 2024];32(1):38-46. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/9728

Edição

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