Transferência Passiva de Anticorpos Hepatite B através de Imunoglobulina Endovenosa num Recém-nascido

Autores

  • João Rato Serviço de Cardiologia Pediátrica. Hospital de Santa Cruz. Centro Hospitalar Lisboa Ocidental. Carnaxide.
  • Daniela Alves Serviço de Cardiologia Pediátrica. Hospital de Santa Cruz. Centro Hospitalar Lisboa Ocidental. Carnaxide.
  • Luís Rodrigues Serviço de Patologia Clínica. Hospital de São Francisco Xavier. Centro Hospitalar Lisboa Ocidental. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.9792

Palavras-chave:

Anticorpos Anti-Hepatite B, Cardiomiopatia Dilatada, Imunoglobulinas Intravenosas/efeitos adversos, Recém-Nascido

Resumo

A transferência passiva de anticorpos secundária à infusão de imunoglobulina endovenosa é um efeito secundário raro, mas importante, que pode levar a um diagnóstico e decisões terapêuticas erradas. Nunca foi descrito num recém-nascido. Um recém-nascido do sexo masculino, vacinado contra a hepatite B e diagnosticado com miocardiopatia dilatada, apresentou anticorpos anti-core do vírus da hepatite B aos 12 dias de vida. A exclusão da infecção por hepatite B foi obrigatória, pois seria uma contra-indicação ao transplante cardíaco. A transferência de anticorpos através de imunoglobulina endovenosa foi confirmada aos 44 dias de idade, após sero-reversão dos níveis de anticorpos anti-core do vírus da hepatite B. A transferência passiva de anticorpos após a infusão de imunoglobulina endovenosa pode levar a um diagnóstico errado se não for reconhecida. Neste doente poderia ter sido especialmente prejudicial caso tivesse impedido o transplante de coração. O rastreio para hepatite B deve ser realizado pelo menos um mês após a infusão.

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Biografia Autor

João Rato, Serviço de Cardiologia Pediátrica. Hospital de Santa Cruz. Centro Hospitalar Lisboa Ocidental. Carnaxide.

Interno de Formação Específica de Cardiologia Pediátrica

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Publicado

2019-12-02

Como Citar

1.
Rato J, Alves D, Rodrigues L. Transferência Passiva de Anticorpos Hepatite B através de Imunoglobulina Endovenosa num Recém-nascido. Acta Med Port [Internet]. 2 de Dezembro de 2019 [citado 18 de Julho de 2024];32(12):782-4. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/9792

Edição

Secção

Caso Clínico