Vacinas Vivas em Crianças com Síndrome de DiGeorge/Deleção 22q11.2

Autores

  • Mariana Miranda Unidade de Infecciologia Pediátrica. Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Lisboa. Serviço de Pediatria. Hospital Espírito Santo de Évora. Évora. https://orcid.org/0000-0003-3831-8973
  • Andreia Teixeira Martins Unidade de Infecciologia Pediátrica. Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Lisboa. Departamento de Pediatria. Centro Hospitalar Baixo Vouga. Aveiro.
  • Sara Carvalho Unidade de Infecciologia Pediátrica. Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Lisboa. Serviço de Imunoalergologia. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Ana Serra-Caetano Centro de Imunodeficiências Primárias. Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Instituto de Medicina Molecular. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • Isabel Esteves Unidade de Infecciologia Pediátrica. Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Lisboa. Centro de Imunodeficiências Primárias. Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Clínica Universitária de Pediatria. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • José Gonçalo Marques Unidade de Infecciologia Pediátrica. Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Lisboa. Centro de Imunodeficiências Primárias. Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Clínica Universitária de Pediatria. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.9802

Palavras-chave:

Criança, Cromossomas Humanos Par 22, Deleção Cromossómica, Síndrome de DiGeorge, Transtornos Cromossómicos, Vacinas Atenuadas/efeitos adversos, Vacinas Virais/efeitos adversos

Resumo

Introdução: A síndrome de DiGeorge/deleção 22q11.2 pode apresentar um grau variável de imunodeficiência, condicionando a utilização de vacinas vivas. Este estudo teve como objetivo documentar os efeitos adversos de vacinas vivas e possível relação com alterações imunitárias em crianças com síndrome de DiGeorge/deleção 22q11.2 parcial.
Material e Métodos: Foi realizado um estudo retrospetivo por revisão dos processos clínicos das crianças com deleção do cromossoma 22q11.2 e fenótipo de síndrome de DiGeorge, seguidos num centro de referência de imunodeficiências primárias. Foi realizada colheita de dados, incluindo: características demográficas; história médica; historial de vacinação com vacinas vivas; contagem de linfócitos T-CD4+ e respostas proliferativas linfocitárias a antigénios e mitogénios; reações adversas; falências vacinais.
Resultados: Foram incluídas 23 crianças com síndrome de DiGeorge/deleção 22q11.2, 65,2% do sexo masculino e idade média de diagnóstico de 11,3 meses. Destas, 18 crianças (78%) receberam a vacina bacillus Calmette-Guérin: todas com evidência de atividade tímica; três apresentaram linfopénia T-CD4+ moderada e respostas proliferativas linfocitárias anormais; uma com respostas proliferativas linfocitárias anormais para mitogénios, quatro para derivado de proteína purificada e uma para toxóide tetânico. A vacina tríplice contra o sarampo, parotidite e rubéola foi administrada a 15 crianças, três com imunossupressão moderada e respostas proliferativas linfocitárias anormais. A vacina viva atenuada contra poliomielite foi administrada a quatro crianças sem imunossupressão e a vacina contra o rotavírus a três crianças, uma com imunossupressão moderada. Não foram reportadas reações adversas.
Discussão: Estes dados estão de acordo com as conclusões de outros estudos internacionais.
Conclusão: Na nossa amostra, as vacinas vivas atenuadas foram bem toleradas, incluindo em crianças com linfopénia T-CD4+ moderada e com respostas proliferativas linfocitárias a antigénios/mitogénios anormais.

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Biografia Autor

Mariana Miranda, Unidade de Infecciologia Pediátrica. Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Lisboa. Serviço de Pediatria. Hospital Espírito Santo de Évora. Évora.

Serviço de Pediatria do Hospital do Espírito Santo de Évora, E.P.E., Évora, Portugal

Publicado

2019-08-01

Como Citar

1.
Miranda M, Martins AT, Carvalho S, Serra-Caetano A, Esteves I, Gonçalo Marques J. Vacinas Vivas em Crianças com Síndrome de DiGeorge/Deleção 22q11.2. Acta Med Port [Internet]. 1 de Agosto de 2019 [citado 30 de Junho de 2024];32(7-8):514-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/9802

Edição

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