Os Desafios do Envelhecimento em Portugal: Dados da Coorte EpiDoC

Autores

  • Ana Maria Rodrigues EpiDoC Unit. Centro de Estudos de Doenças Crónicas. NOVA Medical School. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Sociedade Portuguesa de Reumatologia. Lisboa. Rheumatology Research Unit. Instituto de Medicina Molecular. Lisboa. EpiSaúde – Associação Científica. Évora.
  • Maria João Gregório EpiDoC Unit. Centro de Estudos de Doenças Crónicas. NOVA Medical School. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. EpiSaúde – Associação Científica. Évora. Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação. Universidade do Porto. Porto. Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável. Direção-Geral da Saúde. Lisboa.
  • Rute Dinis Sousa EpiDoC Unit. Centro de Estudos de Doenças Crónicas. NOVA Medical School. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. EpiSaúde – Associação Científica. Évora.
  • Sara S Dias EpiDoC Unit. Centro de Estudos de Doenças Crónicas. NOVA Medical School. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. EpiSaúde – Associação Científica. Évora. Unidade de Investigação em Saúde. Escola Superior de Saúde. Instituto Politécnico de Leiria. Leiria.
  • Maria José Santos Sociedade Portuguesa de Reumatologia. Lisboa. Rheumatology Research Unit. Instituto de Medicina Molecular. Lisboa. Hospital Garcia de Orta. Almada.
  • Jorge M Mendes NOVA Information Management School. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa.
  • Pedro Simões Coelho NOVA Information Management School. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa.
  • Jaime C Branco EpiDoC Unit. Centro de Estudos de Doenças Crónicas. NOVA Medical School. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Sociedade Portuguesa de Reumatologia. Lisboa. EpiSaúde – Associação Científica. Évora. Serviço de Reumatologia. Centro Hospitalar Lisboa Ocidental. Hospital Egas Moniz. Lisboa.
  • Helena Canhão EpiDoC Unit. Centro de Estudos de Doenças Crónicas. NOVA Medical School. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Sociedade Portuguesa de Reumatologia. Lisboa. EpiSaúde – Associação Científica. Évora. Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.9817

Palavras-chave:

Assistência à Saúde, Avaliação de Resultados (Cuidados de Saúde), Comorbilidade, Envelhecimento, Portugal, Qualidade de Vida

Resumo

Introdução: A esperança de vida está a aumentar em Portugal, contudo desconhece-se o estado de saúde dos idosos. Pretende-se determinar a prevalência de multimorbilidade, caracterizar estilos de vida e outros fatores relacionados com a saúde dos idosos.
Material e Métodos: Efetuou-se uma avaliação transversal a 2393 adultos com 65 ou mais anos de idade, da coorte EpiDoC que é constituída por uma amostra representativa da população portuguesa. Os inquiridos responderam a um questionário estruturado através de uma entrevista telefónica, tendo-se recolhido dados socioeconómicos demográficos, estilo de vida, doenças crónicas e consumo de recursos em saúde. Análise de clusters foi realizada para a identificação de padrões alimentares. Efetuou-se análise descritiva e analítica para estimar a prevalência de multimorbilidade e fatores associados.
Resultados: A prevalência de multimorbilidade nos idosos foi de 78,3% (72,8% entre os 65 - 69 anos, 83,4% com 80 + anos) e foi superior nos Açores (84,9%) e no Alentejo (83,6%). As doenças crónicas mais prevalentes foram a hipertensão arterial (57,3%), doenças reumáticas (51,9%), hipercolesterolemia (49,4%) e diabetes (22,7%). Os sintomas de depressão (11,8%) foram frequentes, aumentando ao longo dos grupos etários. A qualidade de vida (EQ-5D-3L) foi em média de 0,59 ± 0,38 e 25,8% dos idosos reportaram ter sido hospitalizados nos 12 meses prévios à entrevista. Cerca de 66,6% dos idosos são fisicamente inativos. O padrão alimentar caracterizado por ‘+ fruta e + hortícolas’ foi reportado por 85,4% dos idosos, contudo foram encontradas iniquidades regionais (69% para os idosos açorianos). A prevalência de obesidade foi de 22,3%, sendo superior nos açorianos (33%).
Conclusões: A elevada prevalência de multimorbilidade combinada com estilos de vida pouco saudáveis sugere que a população idosa constitui um grupo vulnerável que requer uma intervenção direcionada.

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Publicado

2018-02-28

Como Citar

1.
Rodrigues AM, Gregório MJ, Sousa RD, Dias SS, Santos MJ, Mendes JM, Coelho PS, Branco JC, Canhão H. Os Desafios do Envelhecimento em Portugal: Dados da Coorte EpiDoC. Acta Med Port [Internet]. 28 de Fevereiro de 2018 [citado 30 de Junho de 2024];31(2):80-93. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/9817

Edição

Secção

Original