Validação do Questionário Skindex-29: Versão Portuguesa (Portugal)
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.9850Palavras-chave:
Doenças de Pele, Inquéritos e Questionários, Portugal, Qualidade de VidaResumo
Introdução: Verifica-se um interesse crescente no que diz respeito ao impacto da qualidade de vida em doenças dermatológicas. O Skindex-29 é um questionário desenvolvido para avaliar tal impacto. Este estudo teve como objetivo validar o questionário para a população Portuguesa.
Material e Métodos: Dos 81 indivíduos abordados, provenientes de duas clinicas, apenas 75 terminaram o estudo: 35 com doença dermatológica e 40 sem doença. Uma tradução e retroversão foram feitas. Acerca da precisão e poder discriminante, os scores foram comparados entre os grupos, utilizando o teste de Mann-Whitney. A consistência interna foi medida usando o coeficiente α de Cronbach. A análise teste-reteste foi realizada usando o coeficiente de correlação intraclasse e o coeficiente de concordância Kappa. A validade convergente foi avaliada através de correlações de Spearman entre os scores de Skindex-29 e as subescalas do SF-12. Os valores de p < 0,05 e as estatísticas de SPSS com intervalo de confiança de 95% foram considerados significativos.
Resultados: O Skindex-29 demonstrou ser um instrumento preciso e discriminante dado existirem diferenças estatisticamente significativas entre os grupos com e sem doença (p < 0,001). A confiabilidade foi alta (α de Cronbach > 0,80) para cada dimensão ('Sintomas', 'Emoções' e 'Funcionalidade'), assim como para teste-reteste (ICC < 0,90, K < 0,494). Acerca da validade convergente, o score total do Skindex-29 e as perguntas sobre 'Sintomas' e 'Funcionalidade' foram estatisticamente correlacionados com as questões sobre estado físico do SF-12 (-0,478; -0,459; -0,405, respetivamente).
Discussão: O Skindex-29 parece evidenciar validade, incluindo precisão e confiabilidade, para ser usado na avaliação da qualidade de vida dos indivíduos com doenças cutâneas em Portugal. Os pacientes dermatológicos assumem uma saúde geral semelhante à dos restantes. Contudo, destacando a própria doença, revelam menores níveis de qualidade de vida. O Skindex-29 mostrou-se mais robusto na avaliação dos componentes físicos do que dos componentes mentais ou emocionais.
Conclusão: Skindex-29 parece ter evidência de validade, incluindo precisão e confiabilidade para ser usado como instrumento para avaliar a qualidade de vida das doenças da pele em Portugal.
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