Estimativa do Excesso de Mortalidade Durante a Pandemia COVID-19: Dados Preliminares Portugueses
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.13928Palavras-chave:
Coronavírus, Infecções por Coronavírus, Mortalidade, Pandemia, Portugal, Surtos de DoençasResumo
Introdução: Desde março 2020, Portugal tem sofrido os efeitos da pandemia COVID-19. A mortalidade por todas as causas aumentou em março e abril de 2020 comparativamente a anos anteriores, mas este aumento não é explicado pelas mortes reportadas de COVID-19. O objetivo deste estudo foi analisar e considerar outros critérios para estimar o excesso de mortalidade durante a pandemia COVID-19.
Material e Métodos: Utilizaram-se bases de dados públicas para estimar o excesso de mortalidade por idade e região entre 1 de março e 22 de abril, propondo níveis basais ajustados ao período de estado de emergência em vigor.
Resultados: Apesar da incerteza inerente, é seguro assumir um excesso de mortalidade observada de 2400 a 4000 mortes. O excesso de mortalidade encontra-se associado aos grupos etários mais idosos (idade superior a 65 anos).
Discussão: Os dados sugerem uma explicação tripartida para o excesso de mortalidade: COVID-19, COVID-19 não identificado e diminuição do acesso a cuidados de saúde. As estimativas efetuadas possuem implicações ao nível da comunicação de acções não farmacológicas, da investigação científica e dos profissionais de saúde.
Conclusão: Da análise dos resultados é possível concluir que o excesso de mortalidade ocorrido entre 1 de março e 22 de abril foi 3,5 a 5 vezes superior ao explicado pelas mortes por COVID-19 reportadas oficialmente.
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