Fraturas Ósseas em uma Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.5660Palavras-chave:
Fracturas Ósseas/epidemiologia, Portugal, Recém-Nascido, Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais.Resumo
Introdução: As fraturas ósseas são raras durante o período neonatal. Algumas das fraturas, sobretudo as de ossos longos, podem ocorrer durante o parto. Por outro lado, os recém-nascidos internados em Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais têm um risco aumentado de fraturas ósseas por várias razões.
Objetivo: Avaliar a incidência e caracterizar as fraturas ósseas nos recém-nascidos internados numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais nível III.
Material e Métodos: Análise retrospetiva dos recém-nascidos internados na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais com o diagnóstico na alta de uma ou mais fraturas ósseas, entre janeiro de 1996 a junho de 2013.
Resultados: Oitenta recém-nascidos apresentaram uma ou mais fraturas ósseas. Em 76 (95%) recém-nascidos, as fraturas foram atribuídas a traumatismo do parto. A fratura mais comum foi da clavícula em 60 (79%) recém-nascidos, seguida da fratura craniana em 6 (8%) recém-nascidos. Em dois (2,5%) recém-nascidos, prematuros de extremo baixo peso, as fraturas foram interpretadas como decorrentes de osteopenia da prematuridade. Ambos apresentaram fraturas múltiplas, um dos quais de várias costelas.
Conclusão: Uma mudança das práticas obstétricas, aliada à melhoria dos cuidados prestados ao recém-nascido prematuro contribuíram para a diminuição da incidência de fraturas ósseas no período neonatal. Contudo nos recém-nascidos prematuros o seu diagnóstico pode estar subestimado, dado o elevado risco de desenvolvimento de fratura que estes recém-nascidos apresentam.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons